Pedagoga dá dicas de redação para vestibulandos e candidatos ao ENEM

Fernanda Félix Litron é coordenadora pedagógica do Colégio Portinari em Limeira

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TIPOGRAFIA

O período de provas para os principais vestibulares já se aproxima e uma das questões para se dar bem nas classificações é a redação. Embora a maior parte dos vestibulares requisite o mesmo gênero textual, há pequenas diferenças de estrutura e grade de correção que os candidatos precisam saber. A coordenadora pedagógica Fernanda Félix Litron, do Colégio Portinari de Limeira, separou dicas importantes para quem vai prestar para o ENEM, a Fuvest, a Unesp e a Unicamp.

ENEM

Fernanda explica que o enfoque temático da redação passa sempre por um problema ou questão brasileira, que exige reflexão, análise e proposta de solução. “Isso significa que a frase temática muitas vezes contará com termos como “reflexos de... no Brasil”, ou “desafios... na sociedade brasileira”. Grife as outras palavras dessa frase e use-as no seu texto”, disse.

Outro ponto é introduzir um repertório sociocultural em sua redação. “Use uma citação, trecho de filme, série ou livro ou ainda um evento histórico. Reflita sobre qual seria a melhor escolha dentro do tema proposto e conclua sua redação com uma proposta de intervenção coerente e detalhada, já que o último parágrafo da redação ENEM exige que você apresente uma ação de solução feita por um determinado agente e que tenha finalidade e efeito na sociedade”, afirma.

FUVEST

“No caso da redação da Fuvest, ela exige do candidato uma reflexão mais filosófica, crítica, aprofundada e madura sobre o tema proposto. Procure levantar razões históricas, sociais e filosóficas para o questionamento feito pelo tema. Seja crítico, comparando posições, contrastando problemas e informações e duvidando de fatos estabelecidos”, afirma.

Já a conclusão de uma redação modelo Fuvest não deve ser de solução ou de intervenção. “Neste caso, a conclusão deve retomar o parágrafo de introdução, reafirmando a tese inicial e provando, depois de toda argumentação desenvolvida nos parágrafos anteriores, que a tese inicial é, de fato, o melhor posicionamento a se escolher”, disse.

UNESP

Fernanda pontua que os temas propostos pela Unesp são bilaterais, o que significa que partem de uma pergunta do tipo “SIM/NÃO” e que você deve escolher um desses “lados” para defender em sua tese. “Sua primeira ação é ler a frase temática e ler os textos motivadores para depois escolher o lado que será defendido. Neste caso, os textos motivadores sempre apresentarão os dois posicionamentos. Então, analise qual deles mais atende à sua opinião e use o texto motivador contrário à sua tese como contra-argumento”, destaca.

UNICAMP

Já a proposta da Unicamp é a que mais se diferencia dos demais vestibulares que inclusive, acontece hoje. “Se estiver concorrendo a uma vaga neste vestibular, deve se preparar para mais gêneros textuais do que apenas o texto dissertativo-argumentativo. A Unicamp pode solicitar que seu candidato escreva um manifesto, palestra, podcast, um comentário para uma revista ou jornal, um diário, dentre outros gêneros. Gêneros textuais orais e gêneros que circulam em ambiente virtual podem ser exigidos, para além dos que são tradicionalmente escritos”, explica.

PRÁTICA

Essas são dicas importantes para o dia da prova, porém a coordenadora Fernanda reforça que é necessário manter uma rotina de produção textual para que o candidato obtenha melhores resultados. “Para se alcançar uma boa competência na escrita de redações, é preciso uma prática sistemática. É um processo de desenvolvimento que depende de três fatores: a disciplina de se escrever pelo menos uma redação por semana, a participação em plantões para que outro leitor avalie, corrija e oriente sua escrita e, por fim, a autoanálise e reescrita constantes de textos anteriores”.

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