R$ 10 milhões para empresa e servidores seguem sem reajuste

Local
Ferramentas
TIPOGRAFIA

 

 

Sindicatos dos servidores se revoltam com repasse aprovado pela Câmara para empresa de transporte

 Um dia após a Câmara aprovar, por 12 votos a 8, o projeto da Prefeitura de Limeira que permite o repasse de até R$ 10 milhões à empresa de transporte público, a Sancetur, os três sindicatos que representam os servidores municipais emitiram posicionamento. Sindsel, Apeoesp e Sindeguarda lembram que os trabalhadores continuam sem os 4% de reajuste que foi aprovado em março.

"É vergonhoso, enviar de forma intempestiva na ultima hora um contrato que envia 10 milhões pra iniciativa privada. É claro que defendo que o poder público deva garantir o funcionamento do transporte público. Porém, o curioso é a empresa renovar o contrato é depois reclamar deficit dessa amplitude. É uma vergonha um secretário de assuntos jurídico do Botion fazer uma defesa pífia como foi e os vereadores aceitarem a justificava", cita a diretora do Sindsel Eunice Lopes.

Ela diz que, fazem 90 dias que aguardam o mesmo secretário responder um ofício reclamando o reajuste dos servidores. "O prefeito Botion arruma forma de remanejar verba de forma simples para projetos do seu interesse mas sempre coloca entrave para valorizar servidores. Enviar Projetos que não permite o debate é  enfraquecer a democracia e votá-los como os vereadores tem feito fazem os leigos perderem a esperança", destaca ela.

Botion, diz Eunice, não cumpriu com sua palavra em conceder os 4% de reajuste, "faz e desfaz com a dívida que prefeitura tem com Instituto de previdência e conta com a conivência da Câmara Municipal e ainda quer lesar os servidores elevando o desconta da previdência de 11 para 14% o que diminuirá a renda dos servidores. Espero que na próxima eleição a população esteja atenta a este comportamento coronelista do Botion e o de subserviência desses vereadores", cita.

O Sindeguarda também se posicionou. "Somos contrários a essa proposta que foi aprovada. Enquanto autorizaram mais recursos para a empresa, os servidores continuam sem o aumento do qual são dignos e, ainda, há dívidas com a previdência. Os itens de segurança que pedimos para os guardas ainda não recebemos", lamentou o presidente Rubens Bueno.

 

FALTA GESTÃO

 

Secretário da Apeoesp, subsede Limeira, Edivaldo Mendes Costa, destaca a falta de gestão com os recursos que são públicos. "Dizem que não conseguem dar o reajuste para servidores, mas aumentar o desconto para a previdência, dizem que pode. Esses R$ 10 milhões saem de onde? Para quem diz que não tem recursos. Trata-se de uma dívida com o Banco Santander. A previdência patronal foi parcelada e não estão pagando", lembra ele.

Costa lembra que o transporte coletivo já tem tido recursos municipais. "As empresas sempre visam o lucro e os serviços terceirizados passam por isso. Somos contrários e avaliamos que com tanto dinheiro que já foi investido até aqui poderiam ter comprado frota própria". 
A Prefeitura de Limeira foi questionada, mas não enviou posicionamento.

Inscreva-se gratuitamente para receber em primeira mão todas as novidades.
No Internet Connection