Brasil tem potencial para ser o número 1 na geração de energia solar

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É possível que num futuro, não muito distante, cerca de 30 anos ou mais, o acesso a energia solar seja tão comum quanto é hoje ao wi-fi. Em quase todos os pontos desse Brasil gigante haverá painéis solares e energia em abundância sendo gerada por uma fonte renovável. Em março, a fonte chegou a 14 gigawatts de potência operacional, ultrapassando a usina de Itaipu, a maior hidrelétrica do país.

Desde 2012, a energia solar garantiu ao Brasil quase R$ 75 bilhões em investimentos e gerou cerca de 420 mil empregos. O setor não para de crescer e isso é ótimo, pois, precisamos ter cada vez mais usinas fotovoltaicas e eólicas, que não poluem o meio ambiente e são recursos infinitos.

Na onda de boas notícias, o Brasil  aumentou a produção de energia limpa e reduziu a de usinas consideradas mais poluentes, nos primeiros quatro meses de 2022. O levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica mostra que a geração de energia limpa cresceu 6% no primeiro quadrimestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2021.

No Sistema Interligado Nacional, a participação da energia hidráulica, que são das hidrelétricas, passou de 73% no ano passado para 77% este ano. A eólica, dos ventos, de 9% chegou a 10%. E a solar, dobrou: de 1% para 2%. No mesmo período, a energia térmica teve uma redução de 17% para 11%. Sendo que é mais vantajoso investir em energia solar e eólica. Dependendo do volume de chuva, vira e mexe temos crises hídricas, o que prejudica a geração de energia.

O Brasil está em vantagem com relação a outros países ao ter abundância de água, sol e vento e, mesmo assim, infelizmente, não somos o país com mais produção desses tipos de energias. A China está em primeiro lugar. Os Estados Unidos em segundo lugar e o Brasil em terceiro no ranking. O país possui uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, devido a grande quantidade de hidrelétricas. No entanto, volto a enfatizar que ficamos a mercê do tempo.

Para mudar esse quadro, o Brasil precisa enfrentar o desafio de modernizar o nosso parque térmico com usinas mais acessíveis. Atualmente, as empresas ainda são as que mais investem em fontes de energia renováveis. Mas, com valores mais baixos, as residências poderiam estar adotando também as usinas fotovoltaicas.

A grande vantagem para o consumidor final é a economia de até 90% na fatura de energia. Além do investimento ser recuperado em média em 3 anos, o valor produzido em excedente pode ser usado em ate 5 anos e estaríamos consumindo de forma mais consciente, sem prejudicar o meio ambiente. Só há vantagens ao investir em energias renováveis e eu acredito que estamos totalmente aptos para atingir a liderança.

Renato Pisani, diretor da SOS Solar, de Limeira

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