
Como o ensino técnico está mudando a vida dos alunos nas escolas públicas paulistas
Por Renato Feder |
O ensino técnico tem ganhado um novo protagonismo em São Paulo. Enquanto dados sobre os avanços na educação profissional em nível nacional patinam, os números paulistas contam uma história de mudança concreta, com resultados já visíveis para milhares de jovens. Em 2025, as escolas estaduais atingiram a marca de 145 mil alunos matriculados no ensino técnico, um crescimento de 93% em relação ao ano anterior e 314% na comparação com 2023. Uma expansão importante que reforça a prioridade à formação técnica, conectada com o mundo do trabalho. Essa transformação não aconteceu por acaso. Ela é fruto de uma missão dada pelo governador Tarcísio de Freitas desde o início da gestão. A partir desse compromisso, a Secretaria da Educação elaborou um projeto que alia aumento de vagas, qualificação da infraestrutura das escolas e, sobretudo, um novo olhar para o papel da educação técnica no desenvolvimento do estado. A meta para 2026 é alcançar 250 mil alunos, e São Paulo está na direção certa para alcançá-la. Um dos pilares que têm impulsionado esse avanço é o BEEM – Bolsa Estágio Ensino Médio. O programa foi criado para conectar estudantes do ensino técnico da rede estadual ao mercado de trabalho, por meio de parcerias com empresas paulistas que oferecem vagas de estágio remunerado. Atualmente, sete mil oportunidades já foram abertas por empresas parceiras, e mais de 2.000 alunos já estão estagiando com o apoio do BEEM. Durante os seis primeiros meses, o valor da bolsa é custeado pelo Governo do Estado, garantindo ao estudante a oportunidade de adquirir experiência prática sem custos para as empresas e com segurança para as famílias. Outro aspecto nessa jornada de valorização do ensino é o investimento em infraestrutura. A Secretaria da Educação tem promovido a modernização de laboratórios técnicos em todo o estado, oferecendo aos estudantes condições ideais de aprender com equipamentos e tecnologias alinhadas às exigências do mercado. O investimento passa de R$ 41 milhões para que nossas escolas não apenas formem, mas preparem com excelência os futuros profissionais. O apoio de gestores escolares e a adesão das famílias reforçam a confiança nesse caminho. Pesquisa recente realizada pelo Secretaria da Educação mostra que a aprovação de diretores e professores ao modelo, em uma escala de 0 a 10, é de 7,9 e 7,2, respectivamente. Ainda segundo o levantamento, os responsáveis pelos alunos atribuíram nota média 9 ao grau de importância do ensino técnico profissionalizante no Ensino Médio. E mais: 82,5% dos pais afirmaram que recomendariam que seus filhos trocassem as disciplinas do itinerário tradicional para cursar o técnico. São indicadores claros de que a política tem respaldo social. A educação técnica é, sim, um caminho direto para o desenvolvimento, para a geração de oportunidades e para a redução das desigualdades. Em São Paulo, essa não é uma promessa. É uma realidade em expansão. Renato Feder é secretário da Educação do Estado de São Paulo |
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