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Conectividade e integração movimentam o mercado de segurança

Marco Antônio Barbosa**

 

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Junho, 2025 - A necessidade de se atualizar e integrar os meios aos sistemas vem movimentando cada vez mais o mercado de segurança brasileiro. A pesquisa feita pela Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), e lançada neste mês, aponta para um crescimento de 16% do setor no último ano, obtendo um faturamento total de R$ 14 bilhões.
 

O protagonismo está com as portarias digitais, que ganham terreno com a necessidade de conectividade e diminuição do custo de condomínio. Entretanto, os setores de desenvolvimento de softwares e industrial não ficam muito atrás. Todos querem hoje um sistema de segurança mais robusto, seja residencial ou comercial. E essa é uma tendência que não deve mudar, pois ela é impulsionada por uma sensação de insegurança crescente em todo o país.
 

Nove em cada dez brasileiros consideram a criminalidade uma grande preocupação, de acordo com um levantamento recente do Atlas/Bloomberg. Esta mesma pesquisa aponta que 73,5% dos entrevistados sentem que o problema está piorando.
 

Mesmo com o Mapa da Segurança Pública 2025, divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), mostrando redução de 6,33% nos homicídios dolosos, na conta final das contratações de serviços do setor, a sensação fala mais alto do que os dados reais.
 

Outro fato de propulsão no segmento é a evolução das tecnologias apresentadas. Produtos que garantem um nível de proteção usado contra o terrorismo em outros países podem ser adquiridos para a sua residência ou empresa. Além disso, as possibilidades de integração aumentaram, e muito, nos últimos anos. A inteligência artificial, somada a uma rede de internet mais rápida e acessível, faz com que todo estabelecimento consiga ter uma proteção integrada, colaborando para eliminar os pontos sensíveis e dificultar a ação dos criminosos.
 

Também não devemos deixar de fora desta equação a falta de capacidade das instituições públicas de prover ambientes mais seguros para todos. Apesar das quedas nos índices, o Brasil continua sendo um país em paz (fora de qualquer guerra), mas muito violento dentro do seu território. Os dados do Mapa da Segurança Pública 2025 registram 35.365 vítimas de mortes violentas em 2024. Ou seja, cerca de quatro assassinatos aconteceram, por hora, no ano passado.
 

Esse vácuo deixado pelo Estado é assumido pelas empresas de segurança particular, o que faz com que a busca por tecnologias sempre cresça.
 

E estes números do setor não devem parar de bater recordes nos próximos anos. Os motivos descritos aqui vão continuar impulsionando este mercado, seja pelo interesse em novas tecnologias, como para se manter seguro frente uma criminalidade que diminui, mas está longe de ser controlada. Ainda estamos distantes de poder desfrutar da sensação de tranquilidade que todo o brasileiro gostaria de vivenciar.
 

** Marco Antônio Barbosa é especialista em segurança e diretor da CAME do Brasil. Possui mestrado em administração de empresas, MBA em finanças e diversas pós-graduações nas áreas de marketing e negócios.

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