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Uma Pulseira que Pode Salvar Vidas

Queridos leitores, a AIDS teve visibilidade no final dos 80 através de grandes nomes da música e de artistas de outros segmentos que levantaram a bandeira da prevenção, muitas vezes a partir da própria história. Cazuza, Renato Russo, Freddie Mercury e outros exemplos nos obrigaram, enquanto sociedade, a olhar e a encarar essa doença.

Da mesma forma, ao longo do tempo, diversos tipos de câncer só tiveram notoriedade quando pessoas conhecidas, de renome nacional e mundial, falaram abertamente sobre eles. Câncer de mama, de pele e de intestino são alguns exemplos, inclusive mais recentes.

Mas, e as doenças decorrentes do envelhecimento? Especificamente a Doença de Alzheimer? Quem falará sobre ela? O paciente que já se encontra com perda cognitiva e já não consegue se comunicar nem mesmo com a família? O familiar que muitas vezes adoece mais que o paciente, em meio a tanto sofrimento, desgaste e exaustão? Não. O cuidador não tem condições para isso na maioria das vezes. Pelo contrário. Como falamos no início do mês, o cuidador também precisa ser cuidado. 

Por isso, é tão importante termos porta-vozes das vítimas diretas e indiretas dessa doença com índices crescentes. Cada vez que falamos sobre esse assunto aqui nesta coluna, nas palestras, nas redes sociais, estamos dando voz a quem não tem voz, a quem está invisível perante à sociedade. 

Tenho orgulho desse trabalho e sei da responsabilidade dele também. Por isso, conto com cada um de vocês para multiplicamos informações que podem aliviar as dores das pessoas e ajudar a preparar quem ainda enfrentará de alguma forma o Alzheimer, doença descoberta há mais de 100 anos e que ainda não tem cura.

Dessa forma, compartilho com vocês uma grande conquista que tive na última segunda-feira. Essa vitória é nossa! Meu Projeto de Lei que implanta a Pulseira do Alzheimer em Limeira foi aprovado por unanimidade na Câmara Municipal.

Na pulseira, deverão constar o nome do paciente e o contato do familiar ou cuidador. Assim como o cordão com estampa de quebra-cabeça para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), o objetivo é promover a conscientização sobre a demência, além de evitar consequências graves quando pacientes com Alzheimer se perdem. 

É uma ferramenta simples que poderá fazer a diferença na vida do paciente que tem dificuldade para retornar para casa ou até pedir ajuda. Com a pulseira será possível ainda mapear melhor a doença e identificar o número de casos, tornando as políticas públicas mais assertivas. O próximo passo é a lei ser sancionada pelo prefeito, depois regulamentada e colocada em prática. 

Tenham todos uma ótima semana.


Nossa próxima palestra será amanhã (23/6), às 14h, no Grupo de Terceira Idade Girassol, que se reúne na Av. Fausto Esteves dos Santos, s/nº, ao lado da E.E. Professor Ataliba Pires do Amaral - Cecap.

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