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Escritora de Engenheiro Coelho disputa concurso que pode ajudar a APAE

Talita Huila aposta na literatura como instrumento de transformação socia

A escritora Talita Huila da Silva, de 35 anos, moradora de Engenheiro Coelho, participa de um concurso literário nacional que une criação artística e responsabilidade social. O diferencial da iniciativa está no propósito solidário: os vencedores podem indicar uma instituição beneficente para receber parte do valor da premiação. Engajada com causas sociais e atenta às necessidades da comunidade, Talita escolheu a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), reconhecida pelo trabalho com pessoas com deficiência intelectual e múltipla.

“Vi o anúncio do concurso em páginas voltadas à literatura e poesia que sigo no Instagram. Li o edital e gostei da proposta de premiar uma instituição. Minha primeira ideia foi indicar um grupo de proteção animal da minha cidade, mas como não têm CNPJ, optei pela APAE. Tanto o trabalho com os animais quanto o desenvolvido pela APAE são nobres e merecem apoio. Sei da seriedade do compromisso e do amor com que a APAE cuida das crianças e das famílias atendidas aqui em minha cidade”, explica a autora.

Esta não é a primeira participação de Talita em concursos literários. Sua estreia ocorreu em 2021, na antologia “Quarentena Poética”, organizada em Portugal pela Editora Ases da Literatura. A publicação marcou o início de uma trajetória mais ativa no meio literário, que culminou, em 2022, com o lançamento de seu primeiro livro solo, “Aroma de café e poesia”, publicado pela Editora Ópera. Desde então, a escritora tem ampliado sua atuação no cenário da poesia contemporânea brasileira.

A relação de Talita com a escrita começou cedo, ainda na adolescência. Aos 12 anos, inspirada por autores como Fernando Pessoa e William Shakespeare, encontrou na literatura uma forma de expressão e autoconhecimento. “Escrevia como desabafo, para colocar no papel o que eu não conseguia dizer. Depois, escrever se tornou uma terapia, uma forma de me compreender melhor e de me conectar com o mundo”, afirma. Sua produção poética aborda o cotidiano, as emoções humanas e reflexões sociais, com linguagem acessível e sensível.

Com a participação no concurso, Talita espera alcançar novos leitores e incentivar o hábito da leitura, especialmente entre jovens. “Escrever é minha paixão. Espero que minha poesia toque mais pessoas, incentive crianças, jovens e adultos a lerem, e, quem sabe, desperte também o gosto pela escrita. A leitura e a arte transformam, rompem barreiras e ampliam horizontes, mas precisam de incentivo. Infelizmente, estamos perdendo o hábito de ler, e isso me preocupa”, comenta. A escritora defende a cultura como pilar essencial na formação de uma sociedade mais justa e consciente.

Além da atuação como escritora, Talita cursa Serviço Social e leva para sua vida profissional o mesmo compromisso que tem com a literatura: transformar realidades. Ela acredita que cada pessoa pode contribuir para a construção de um mundo melhor, seja por meio da arte, da educação ou de pequenas ações cotidianas. “Creio que podemos mudar a sociedade, cada um fazendo a sua parte, ajudando o próximo, apoiando uma causa ou doando um pouco do seu tempo”, afirma.

Atualmente, Talita finaliza seu segundo livro, desta vez um romance, intitulado “Um trem em minha vida”, que está em fase de edição e deve ser lançado em breve. A obra deve ampliar ainda mais sua presença como autora e reafirmar seu compromisso com uma literatura que emociona, provoca e transforma.


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