
Intenção de Consumo das Famílias sobe em junho
Os brasileiros ficaram mais propensos às compras em
junho, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo
(CNC). A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 0,5% em relação a maio,
já descontadas as influências sazonais, para o patamar de 102,4 pontos,
mantendo-se na zona de satisfação.
Em junho, o ICF registrou o melhor resultado mensal desde maio de 2024, na
série com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo período do ano anterior,
porém, a intenção de consumo caiu 1,3% em junho de 2025, nono mês consecutivo
de retração.
Segundo a CNC, a pesquisa revela que o avanço na série ajustada sazonalmente
foi impulsionado pelo maior acesso ao crédito. "De acordo com o estudo,
32,6% dos consumidores percebem maior facilidade para obter crédito, o maior
pico desde abril de 2020", apontou a CNC, em nota.
Na passagem de maio para junho, houve crescimento em seis dos sete componentes
do ICF: emprego atual, queda de 0,1%, para 125,0 pontos; renda atual, +1,2%,
para 122,5 pontos; nível de consumo atual, +1,1%, para 91,0 pontos; perspectiva
profissional, +0,5%, para 114,7 pontos; perspectiva de consumo, +1,2%, para
104,7 pontos; acesso ao crédito, +2,5%, para 97,3 pontos; e momento para aquisição
de bens de consumo duráveis, +0,1%, para 63,8 pontos.
"O que vemos é o reflexo dos estímulos contraditórios que o país tem dado:
de um lado, a maior oferta de crédito e a perspectiva de melhora no emprego; de
outro, a inflação e os juros, com o endividamento crescente afetando o avanço
da inadimplência. Esses fatores combinados devem manter o consumidor brasileiro
em posição de cautela nos próximos meses", avaliou o economista João Marcelo
Costa, da CNC, em nota.
Legenda: Mesmo sendo positivo, resultado deve ser visto com cautela
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