STF derruba decisão que impedia escolas cívico-militares
O ministro Gilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), acatou um pedido da Procuradoria Geral do
Estado de São Paulo e derrubou a decisão do Tribunal de Justiça do Estado que
suspendia temporariamente a implantação do programa das escolas
cívico-militares em São Paulo. Com isso, o Governo de SP está liberado para
tomar as providências necessárias para a implementação do programa a partir de
2026.
Até o momento, 300 escolas manifestaram interesse em aderir ao
modelo e poderão voltar a consulta à comunidade no ano que vem. Na região,
foram 11 escolas. De Cordeirópolis, a Escola Estadual Coronel José Levy
e de Cosmópolis, as Escolas doutor Paulo de Almeida Nogueira e Profª Ivete Sala
de Queiroz.
De Limeira, são 6 unidades, sendo as escolas: Professora
Ruth Ramos Cappi, Irma Maria de Santo Inocêncio Lima, Manuel Alves Conego, Irma
Maria Gertrudes Cardoso Rebello, Dom Tarcísio Ariovaldo Amaral, Luigino
Burigotto. Ainda na região, a escola Joaquina de Castro Azevedo, de
Iracemápolis.
A expectativa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
(Seduc) é iniciar o projeto em 2026 com 45 unidades educacionais da rede,
permitindo um acompanhamento detalhado da implantação do modelo e a avaliação
da possibilidade de ampliação nos próximos anos.
Na retomada da consulta pública com
as comunidades escolares em 2025, se mais do que 45 escolas tiverem votação
favorável, serão adotados critérios de desempate para a seleção das unidades.
Entre eles: distância de até dois quilômetros de outra unidade que não optou
pelo programa, em caso de mais de uma escola interessada na mesma cidade;
número de votos válidos a favor da implantação. Para que a votação a favor seja
válida, é preciso que 50% dos votantes mais um optem pelo sim. Escolas com mais
níveis de ensino, ou seja, que ofertam o Ensino Fundamental e o Médio.
Mantida a decisão, as escolas que adotarem
o modelo cívico-militar seguirão o Currículo Paulista, organizado pela
Secretaria da Educação. A Seduc-SP também será responsável pelo processo de
seleção dos monitores e pela formação dos professores das unidades.
Caberá à Secretaria da Segurança Pública
apoiar a Secretaria da Educação no processo seletivo e emitir declarações com
informações sobre o comportamento e sobre processos criminais ou
administrativos, concluídos ou não, em que os candidatos a atuar como monitores
nessas unidades de ensino possam estar envolvidos.
O investimento nas escolas
cívico-militares será o mesmo já previsto nas unidades regulares. O gasto com a
contratação dos monitores, já considerando a expectativa final de 100 escolas
cívico-militares, será de R$ 7,2 milhões.
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