Aos 199 anos, Limeira não é apenas um polo econômico e tecnológico em expansão, mas também um território rico em cultura e história. Conhecida como o “Berço da Imigração Europeia”, a cidade carrega em sua trajetória nomes de destaque como o do Senador Vergueiro, responsável pela criação da primeira colônia de parceria com imigrantes no Brasil Império, e Maria Thereza Silveira de Barros Camargo, primeira mulher eleita prefeita de Limeira e em seguida deputada estadual em 1935. O legado de figuras como Major José Levy Sobrinho, que impulsionou a citricultura ao trocar o cultivo do café por laranjais, reforça a importância de se manter viva a memória da cidade.

É justamente esse resgate histórico que tem ganhado força dentro das salas de aula. Para a professora de História Jennyfer Jurgensen de Oliveira, do Colégio Jandyra, o ensino da história local desenvolve nos alunos um senso de pertencimento e consciência crítica. “Limeira sempre teve um papel marcante no cenário estadual, nacional e até internacional. Mostrar isso em sala de aula fortalece a identidade dos estudantes e os faz perceber que são parte ativa dessa história em constante construção”, afirma a educadora.

Eventos tradicionais como a FACIL (Feira Agropecuária, Comercial e Industrial de Limeira) e a ALJOIAS mostram a força econômica e cultural da cidade, e também são abordados nas aulas como exemplos vivos do desenvolvimento limeirense. A professora destaca ainda marcos recentes como a expansão do campus da Unicamp, a inauguração da Biblioteca Municipal e conquistas esportivas, como o título paulista da Internacional de Limeira em 1986. “Com mais de 300 mil habitantes, a cidade enfrenta novos desafios, e é papel da escola preparar os estudantes para participar ativamente dessa transformação”, completa.

Para Cristina Andrade, mantenedora do Colégio Jandyra, formar cidadãos conscientes começa com a valorização das raízes. “Resgatar a trajetória de nossos antepassados permite que os alunos compreendam seu papel na sociedade. Em projetos como o Encontro com os Avós, mostramos que a história pessoal de cada aluno faz parte da construção da cidade. Assim, formamos cidadãos críticos, empáticos e preparados para projetar a Limeira do futuro com base no respeito ao passado”, conclui.