
Exportações crescem e cidade projeta futuro rumo aos 200 anos
Limeira completa 199 anos em 2025 e chega às vésperas do
bicentenário em um cenário de transformação econômica. Um dos pontos que marcam
esse momento é a balança comercial da região, que segue em expansão. De janeiro
a agosto deste ano, as exportações somaram US$ 741,7 milhões, crescimento de
2,9% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo levantamento do Ciesp.
No mesmo período, as importações atingiram US$ 456,5 milhões, alta expressiva
de 30,1% na comparação interanual.
Os números mostram a força da região como polo
exportador, mas também indicam uma maior integração às cadeias internacionais
de suprimentos, já que a importação de insumos e bens de capital tem aumentado.
Entre os principais produtos embarcados para fora do país estão preparações
alimentícias diversas (23,3%), pastas de madeira (13,5%) e papel e cartão
(10,3%). Já as importações se concentram em veículos automotores e tratores
(28,4%), máquinas e instrumentos mecânicos (27,5%) e materiais elétricos (12,1%).
Os Estados Unidos aparecem como principal destino das
exportações da região, com 13,4% do total. Em seguida vêm Argentina (12,1%) e
China (10,8%). No sentido contrário, a China é a principal fornecedora, com
33,7% das importações, seguida por México (10,2%) e Alemanha (8%).
Esse quadro reflete a diversidade da pauta comercial da
cidade, que conseguiu ampliar sua presença em diferentes mercados. Para
especialistas ouvidos pela Gazeta
de Limeira, esse movimento abre oportunidades de maior
estabilidade, mas também exige atenção constante a mudanças nas regras
internacionais.
O anúncio de um novo tarifaço de 50% pelo ex-presidente
dos Estados Unidos, Donald Trump, gerou apreensão em vários setores da economia
brasileira. Em Limeira, contudo, os efeitos ainda são limitados. Isso porque os
produtos mais exportados pela região não estão entre os itens atingidos pela
sobretaxa.
Segundo o levantamento, a pauta local segue protegida por
exceções previstas na medida. “Limeira exporta bastante para os EUA, mas o
impacto do tarifaço é reduzido porque seus produtos mais exportados estão, até
o momento, fora da lista de sobretaxados. Ainda assim, o setor produtivo da
cidade deve manter atenção constante, principalmente empresas ligadas à cadeia
automotiva e metalúrgica, que podem ser mais vulneráveis a mudanças futuras”,
destacam especialistas.
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