Prefeitura gasta mais R$ 656 mil em contrato emergencial para o Cemitério Parque
A Prefeitura de Limeira oficializou mais um contrato
emergencial vinculado ao Cemitério Parque, desta vez com a empresa J.C.M.
Construtora Ltda. O objetivo é a construção de jazigos no Setor C, localizado
na Avenida Evaristo Olivatto Filho, nº 10, Jardim Caieira. O contrato foi
assinado em 27 de novembro de 2024, com prazo de dois meses e valor total de R$
656.982,39, conforme divulgado no Jornal Oficial de ontem (28).
A contratação foi feita por dispensa de licitação (nº
454/2024), embasada na Lei 14.133/2021, e é descrita como necessária para
atender a Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos. Este contrato se
soma a outro emergencial relacionado ao cemitério divulgado nesta semana.
A Gazeta de Limeira já havia noticiado a contratação da
Forty Construções Ltda., também em caráter emergencial, para serviços de
manutenção e conservação no mesmo local, com valor de R$ 1.940.165,62. O
contrato, firmado pelo processo nº 35.948/2024, incluiu a justificativa de
urgência para evitar deterioração do espaço público.
Os dois contratos emergenciais somam quase R$ 2,6 milhões
apenas nesta semana, em um cenário de alertas do Tribunal de Contas do Estado
(TCE) sobre os altos gastos da administração municipal e a necessidade de maior
controle financeiro. Embora essas contratações sejam apresentadas como
indispensáveis, questiona-se a recorrência de situações emergenciais que
poderiam ser evitadas com planejamento.
Um contrato emergencial é
um procedimento que permite a contratação direta de bens, serviços ou obras em
situações de urgência, sem a realização de um processo licitatório. Geralmente
essa modalidade é aplicada em circunstâncias imprevisíveis visando atender a
necessidades críticas da administração pública e em casos de calamidade
pública.
“A declaração de situação de emergência só deve
ocorrer quando caracterizada a emergência de atendimento de situação
que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas, obras,
serviços, equipamentos e outros bens públicos ou particulares”, explica o Governo
Federal. “É importante destacar que, mesmo em situações de dispensa
emergencial, é fundamental documentar e justificar adequadamente a necessidade
de agir de maneira excepcional. A transparência e a prestação de contas são
elementos essenciais para garantir a legalidade e a legitimidade das ações da
administração pública”, ressalta.
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