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IPS revela diferenças no bem-estar entre cidades da região

Limeira obteve 65,7 pontos no Índice de Progresso Social (IPS) 2025, ocupando a 319ª posição entre os 5.570 municípios brasileiros e a 189ª entre os 645 municípios paulistas. O IPS é um indicador que mede exclusivamente o desenvolvimento social e ambiental dos municípios, independentemente da atividade econômica local. Isso significa que o índice avalia se as pessoas têm acesso ao que é essencial para uma vida digna, desde necessidades básicas até oportunidades de crescimento pessoal e social. 

Limeira teve como melhores indicadores os quesitos Moradia (92,83), Acesso ao Conhecimento Básico (82,09) e Nutrição e Cuidados Médicos Básicos (76,09). Por outro lado, os maiores desafios apontados foram Inclusão Social (37,05), Oportunidades (43,27) e Saúde e Bem-estar (55,87), que puxaram a média geral para baixo. A dimensão “Necessidades Humanas Básicas” apresentou 83,2 pontos, enquanto “Fundamentos do Bem-estar” ficou em 69,48 e “Oportunidades” apenas em 43,27. 

Na comparação regional, outras cidades próximas apresentaram desempenho superior. Engenheiro Coelho lidera o ranking regional, com 68,81 pontos — o 28º melhor município do Brasil e o 19º de São Paulo. O município teve bons resultados em Inclusão Social (67,0), Acesso à Educação Superior (63,78), Segurança Pessoal (74,14) e Moradia (92,77), evidenciando políticas públicas mais eficientes em áreas sociais fundamentais. Com nota 81,47 na dimensão “Necessidades Humanas Básicas”, 70,22 em “Bem-estar” e 54,73 em “Oportunidades”, a cidade mostra um equilíbrio raro entre os três eixos do IPS. 

Cordeirópolis também apresentou números positivos. Com 68,2 pontos, ficou na 59ª colocação nacional e na 43ª no estado. O município teve destaque em Moradia (94,67), Água e Saneamento (89,89) e Liberdades Individuais e de Escolha (63,18), mas também registrou avanços consistentes em Inclusão Social (51,89) e Acesso à Educação Superior (62,97).

Já Artur Nogueira, com 67,73 pontos, ocupa a 81ª posição nacional e a 57ª estadual. Os dados mostram que a cidade avançou principalmente em Nutrição e Cuidados Médicos Básicos (84,53), Moradia (93,57) e Saúde e Bem-estar (63,76). No entanto, apresenta pontos fracos em Direitos Individuais (33,99) e Acesso à Educação Superior (35,81), o que sugere desigualdade de acesso às oportunidades. 

Iracemápolis aparece com 67,0 pontos e está na 141ª colocação do ranking nacional. A cidade tem desempenho elevado em Água e Saneamento (96,62), Moradia (98,4) e Segurança Pessoal (76,93), mas os baixos índices em Direitos Individuais (15,27), Liberdades Individuais e de Escolha (56,95) e Acesso à Educação Superior (42,76) revelam desafios na promoção da cidadania plena e no acesso equitativo à formação. 

O Índice de Progresso Social é elaborado com base em 57 indicadores públicos e atualizados, como dados do DataSUS, CadÚnico, Anatel, MapBiomas e Instituto de Estudos para Políticas de Saúde. Esses dados são organizados em três grandes dimensões (Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades) e 12 componentes, incluindo moradia, saúde, educação, segurança, inclusão social, entre outros. A pontuação final vai de 0 a 100. 

O IPS foi criado como alternativa aos índices puramente econômicos, como o PIB, com o objetivo de mensurar se as políticas públicas estão de fato melhorando a qualidade de vida da população. Em 2025, pela segunda vez consecutiva, Gavião Peixoto (SP) alcançou a melhor nota do Brasil (73,26), seguido por Gabriel Monteiro (SP) e Jundiaí (SP). Entre os 10 municípios mais bem colocados do país, sete são do Estado de São Paulo. 

Entre os estados, São Paulo, Santa Catarina e Paraná lideram o ranking, enquanto Pará, Maranhão e Amapá ocupam as últimas posições, revelando as desigualdades históricas e estruturais da região Norte. 

O IPS Brasil é uma iniciativa do Social Progress Imperative, em parceria com organizações como Imazon, Fundação Avina, Amazônia 2030, Anattá e Centro de Empreendedorismo da Amazônia. A metodologia segue padrões internacionais e permite que municípios acompanhem sua evolução ao longo do tempo, com foco em resultados sociais e ambientais e não apenas econômicos.

 

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