Limeira reduz casos de HIV pela metade
Limeira contabilizou 27 novos casos de HIV em 2025, segundo dados apurados até 19 de novembro pelo Serviço Especializado em Moléstias Infectocontagiosas de Limeira (Semil). O número representa uma redução superior a 50% em relação ao mesmo período de 2024, quando o município registrou 57 casos. Apesar do recuo, a diminuição não é vista como suficiente para tranquilizar profissionais da saúde. Em 2023, 59 casos haviam sido confirmados. Paralelamente, doenças como HPV, herpes e gonorreia avançaram de forma significativa: os registros saltaram de 43 em 2024 para 79 neste ano, acendendo novo alerta entre especialistas.
Atualmente, 1.382 pacientes seguem em tratamento pelo Sistema Único de Saúde de Limeira. Desse total, constam moradores de Limeira, Cordeirópolis, Iracemápolis e Engenheiro Coelho, municípios que têm Limeira como referência regional para o acompanhamento clínico.
A Gazeta conversou com a coordenadora da Divisão de Vigilância Epidemiológica, Amélia Pereira da Silva, que ressaltou a necessidade de atenção contínua. Ela afirma que a maioria dos novos diagnósticos de HIV ocorre entre homens de 17 a 65 anos. Mesmo diante da queda nos registros, Amélia destaca que a situação exige cautela e reforça o papel das ações de prevenção.
Para marcar o Dia Mundial de Combate à Aids, celebrado em 1º de dezembro, o Semil realizará uma ação especial de detecção na Rua Sergipe, 906, Vila Cristovam, das 10h às 16h30, sem necessidade de agendamento. Serão oferecidos testes de HIV, sífilis, hepatite B e hepatite C. O resultado será entregue na hora, mediante apresentação de documento pessoal e cartão do SUS. Durante todo o mês, ocorrerá também a campanha Fique Sabendo, com testagem ampliada nas Unidades Básicas de Saúde. Das 14h às 16h. A atividade atende pessoas a partir de 12 anos, sem necessidade de autorização dos responsáveis.
Amélia explica que, embora o HIV continue sem cura, os avanços no tratamento garantem vida longa e com qualidade para os pacientes que seguem rigorosamente as orientações médicas. Ela alerta que a queda na percepção de risco tem colaborado para a alta das demais Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), como HPV, herpes e gonorreia, que cresceram de forma expressiva neste ano. Segundo a coordenadora, o uso do preservativo permanece fundamental e não deve ser negligenciado.
O Semil mantém um trabalho contínuo de prevenção e assistência, com foco na equidade e no respeito às diferenças. A unidade oferece testes rápidos para diagnóstico do HIV, distribuição de preservativos masculinos e femininos e entrega de insumos de saúde. Também participa de eventos municipais, nos quais distribui materiais educativos e orientações sobre prevenção.
Comentários
Compartilhe esta notícia
Faça login para participar dos comentários
Fazer Login