As condições das estradas rurais de Limeira voltaram ao centro das discussões na Câmara Municipal nesta semana. Em reunião com a Secretaria de Agronegócios e Áreas Rurais, vereadores acompanharam a apresentação do cronograma de serviços previstos para dezembro, além de debater ações emergenciais e estruturais voltadas à conservação da malha viária rural, fundamental para o transporte escolar, o escoamento da produção agrícola e a segurança de moradores.

Durante o encontro, a equipe técnica da secretaria destacou a importância de medidas preventivas simples, mas decisivas para reduzir danos provocados pelas chuvas intensas. Entre elas, foram citadas a desobstrução de cacimbas, essencial para garantir o escoamento da água, o plantio em curva de nível, que favorece a infiltração no próprio terreno e a manutenção das manilhas instaladas em frente às propriedades rurais, que devem permanecer desobstruídas para que o fluxo hídrico não transborde sobre as pistas.

A reunião contou ainda com a participação do vereador Helder do Táxi, que reforçou a necessidade de ampliação da equipe responsável pela manutenção das estradas. Atualmente, apenas um grupo operacional atende toda a zona rural do município. Segundo o parlamentar, a criação de uma segunda equipe permitiria responder à demanda crescente e enfrentar com mais agilidade os problemas que se intensificam no período chuvoso. Ele destacou que as estradas são utilizadas não apenas por produtores, mas também por veículos escolares e pela população que depende diariamente desses trajetos.

A Gazeta procurou a secretária de Agronegócios e Áreas Rurais, Antonieta Polatto, que detalhou o que foi discutido na reunião e explicou o andamento do cronograma. Ela informou que há frentes de trabalho ativas na região do Pinhal e no Bairro dos Pires, priorizando especialmente as rotas utilizadas pela Secretaria da Educação, que incluem trajetos de ônibus escolares e vans de transporte de estudantes.

Antonieta reconheceu que as demandas são numerosas e que não será possível concluir todas as solicitações até o fim do ano, mesmo com o planejamento atual. “Aproximadamente dez áreas estão previstas no cronograma imediato, mas a execução depende diretamente das condições climáticas. Se tivermos uma semana de chuva intensa, por exemplo, já não conseguimos avançar na programação”, explicou. Segundo ela, o volume de solicitações aumentou justamente por conta do período chuvoso, que acentua buracos, erosões e pontos críticos de drenagem.

A secretária ressaltou que, paralelamente à manutenção das vias, equipes têm realizado a limpeza de cacimbas, uma ação considerada essencial para reduzir erosões e conter a água das chuvas antes que ela se espalhe pelas estradas. Ela destacou ainda que técnicos da pasta têm visitado propriedades rurais para orientar agricultores e incentivar a manutenção das estruturas de drenagem internas, fundamentais para evitar danos à via pública.

Um dos procedimentos destacados por Antonieta é a ordem de execução dos serviços: primeiro é feita a limpeza das cacimbas e das áreas de drenagem, depois, entra em ação a máquina que recompõe a estrada. Essa sequência, segundo ela, permite maior durabilidade ao trabalho realizado. A secretaria também mapeou áreas mais problemáticas, levando em conta a geologia do terreno, o histórico de erosões e a recorrência de danos. Com base nessas observações, são emitidos laudos de vistoria, que descrevem as condições da via e indicam as intervenções necessárias. As conclusões são encaminhadas à Secretaria de Obras, responsável pela execução final dos serviços solicitados.

“O teor dessa conversa foi apresentado na Câmara Municipal, onde vereadores e representantes da pasta debateram alternativas para otimizar a manutenção e garantir que as estradas rurais permaneçam transitáveis mesmo em períodos de maior instabilidade climática. As discussões reforçaram a necessidade de planejamento contínuo, ampliação de equipes e integração entre secretarias para atender às demandas da população rural”, pontuou a secretária.