
Haddad: governo descobriu 'caixa preta' no Orçamento federal
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 26, que o
atual governo descobriu uma "caixa preta" no Orçamento federal de R$
800 bilhões com renúncias fiscais. Ele fez o comentário durante o evento Nova
Indústria Brasil, em comemoração ao Dia da Indústria, no Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro. A conferência é
promovida por Brasil 247, TV 247 e Agenda do Poder.
"Falava-se muito da caixa preta do BNDES, e hoje a gente descobriu uma
caixa preta no Orçamento Federal de R$ 800 bilhões de renúncia fiscal. R$ 800
bilhões", enfatizou, retribuindo as palavras de apoio ao presidente do
BNDES, Aloizio Mercadante, feitas momentos antes. "O BNDES está aqui
mostrando a competência, a transparência que sempre teve, em proveito do
empresário brasileiro", disse, citando que o setor industrial é uma
ferramenta "importantíssima" para todos os países do mundo, sejam
liberais ou socialistas, pois é dele que provém o aumento da produtividade, o
emprego de qualidade.
"A gente precisa entender isso, e eu penso que o presidente Mercadante tem
dado ao BNDES um toque de muita engenhosidade, no sentido de recuperar com
instrumentos novos a capacidade de fomentar a indústria do nosso país, o
emprego industrial e assim por diante. Muita coisa tem por ser feita, não resta
dúvida, mas eu quero crer que o presidente Lula, nesses dois anos de trabalho,
demonstrou uma capacidade e um compromisso com a indústria que precisa ser, no
seu dia, muito valorizado", argumentou.
Sobre Educação, Haddad disse que se trata de uma área que, graças aos dois
primeiros mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi
"endereçada" e passou a ter outra realidade após a atuação dos
programas do presidente para permitir, entre outros, que o pobre pudesse sonhar
com diploma de educação superior. "Sem isso, não tem indústria",
garantiu.
Outra marca de Lula, segundo o ministro, é o Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC). "Se a gente não tiver infraestrutura, não temos
condição de competir. E nós retomamos os investimentos que minguaram e chegaram
quase a zero até 2022. Não tinha mais obra no País de infraestrutura, não tinha
mais ferrovia, não tinha mais rodovia, não tinha mais portos, aeroportos, não
tinha nada acontecendo no Brasil", listou.
Agora, de acordo com ele, o programa de concessões e parcerias público-privadas
(PPP) está sendo retomado para dar condições de competitividade para a
indústria. "Isso está sendo realizado em dois anos. Não estamos falando de
dez, mas de dois anos de trabalho em que essas condições já se operaram
substancialmente e vão melhorar, porque o presidente Lula tem uma obsessão com
aquilo que é o seu próprio berço político, que é o chão de fábrica."
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