
Sindsel questiona estrutura da unidade Hapvida
O Sindsel (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Limeira) realizou uma denúncia sobre a falta de cadeiras no setor de pronto atendimento da unidade da Hapvida em Limeira. A queixa foi feita por usuários que relataram a ausência de assentos adequados para pacientes na unidade.
Após receberem a informação, as diretoras do sindicato, Marta e Cassiane, estiveram no local para averiguar a situação. De acordo com a equipe da unidade, as cadeiras que ficavam nos corredores foram retiradas por motivos de segurança, já que estavam obstruindo a passagem.
Uma servidora, que terá seu nome preservado, relatou. “Estive na Hapvida como paciente na semana passada. As cadeiras que deixaram num quadradinho de 3x3 (acho que nem isso) não são suficientes para os pacientes que aguardam a medicação. Eu mesma fiquei aguardando em pé (e várias outras pessoas também). Quanto ao espaço no corredor para passar com maca ou cadeira de rodas, as cadeiras que tinha lá não atrapalhavam. O corredor é largo. Quantas vezes eu estive lá e tive a oportunidade de ver passar pacientes em macas. O espaço é mais que suficiente”, relata.
Ainda segundo a direção do pronto atendimento, os pacientes que necessitam de medicação continuam sendo acomodados em poltronas apropriadas, e os acompanhantes devem aguardar nas cadeiras disponíveis na sala de espera.
A servidora também questionou. “Quanto ao acompanhante aguardar em sala de espera, que eu saiba, a Lei Federal nº 14.737/2023 garante às mulheres o direito a acompanhante em todos os atendimentos de saúde, incluindo consultas, exames e procedimentos, tanto em serviços públicos quanto privados. Além disso, em termos gerais, qualquer pessoa que se sinta mais confortável e segura com a presença de um acompanhante, tem o direito de tê-lo durante consultas, exames e procedimentos médicos, tanto em serviços de saúde públicos quanto privados. Isso se aplica a qualquer indivíduo, independentemente de idade ou gênero, e em qualquer etapa do atendimento, seja consulta, exame ou procedimento. Assim, não há que se falar que o acompanhante deve ficar na sala de espera.A Hapvida está errada e temos que fazê-la cumprir nossos direitos”, disse.
Mais duas pacientes relataram descaso. “Minha filha está internada lá , um absurdo os pacientes ficam em pé esperando para tomar injeção ou medicação, como uma pessoa que está no hospital vai ficar de pé esperando ser medicado?”, indagou. “Fui com minha mãe idosa de 87 anos, ela não tinha condições de ficar sozinha pois não consegue mais se comunicar direito e ao mesmo tempo não pude ficar com ela pois sou deficiente física e uso muletas para caminhar e não tinha como em pé ficar no corredor esperando o atendimento”, informa.
O Sindsel informou que seguirá acompanhando o caso e continuará monitorando as condições de atendimento oferecidas aos servidores e usuários do plano. Segundo informações da unidade, as cadeiras que antes estavam nos corredores foram removidas por estarem obstruindo passagem. “Fomos informados ainda que os pacientes que precisam receber medicação permanecem em poltronas adequadas, e que os acompanhantes devem aguardar nas cadeiras disponiveis na sala de espera”, disse.
Em nota enviada à Gazeta, a Hapvida informou que a adequação do espaço no pronto atendimento foi realizada com base em diretrizes internas de segurança, acessibilidade e conforto assistencial, em conformidade com as normas vigentes para estabelecimentos de saúde. As mudanças foram implementadas sem prejuízo ao fluxo de atendimento, mantendo o tempo de espera para o primeiro atendimento médico em níveis adequados.
“A retirada das cadeiras dos corredores teve como objetivo garantir a circulação adequada de macas, cadeiras de rodas e equipes de emergência, além de manter as rotas de fuga desobstruídas, conforme exigido por protocolos de segurança. Além disso, a reestruturação permitiu ampliar e otimizar os diferentes ambientes da unidade. Tanto a sala de medicação quanto a sala de espera passaram a oferecer mais conforto e acolhimento para pacientes e acompanhantes, com capacidade ampliada em relação ao modelo anterior”, disse. O hospital informou ainda que permanece à disposição para esclarecimentos.
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