
Limeira é a terceira no estado em furto de caminhão
O boletim Tracker - Fecap, publicação periódica que informa e analisa dados relevantes sobre a criminalidade no Estado de São Paulo, divulgado nesta semana, mostra que Limeira está em destaque negativo no quesito furto de caminhão. Os números tabulados são de janeiro a setembro deste ano. Entre as 645 cidades paulista, Limeira, com 23 casos subtração de veículos de carga, perde apenas para a capital (86) e Campinas (31).
A cidade ainda fica na frente de outras grandes cidades como Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto. Segundo o coordenador do Comando de Operações da empresa, Vitor Côrrea, a posição geográfica da cidade, o crescimento do polo industrial, a quantidade de transportadoras e a proximidade com cidades em expansão são os ônus que a cidade carrega. "Quanto mais industrializada for a região, maior a exposição aos bandidos", relatou o coordenador.
Outro fator que alavanca os índices é a venda de peças no mercado paralelo. Assim como acontece, em uma escala maior, com peças de veículos de passeio, os caminhões também tem se tornado alvo desse tipo de situação. Segundo a Fenabrave, a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, a venda de caminhões novos nos nove primeiros meses de 2022, apresentou uma queda, se comparada com o mesmo período do ano passado. Quando isso ocorre, os veículos usados, e por consequência, as peças sofrem uma valorização. "Por isso é tão importante saber a procedência da peça que a pessoa compra. Amanhã pode ser o carro dela a ser furtado para alimentar esse mercado", ressaltou Côrrea.
Nos dados divulgados, Limeira não aparece em destaque, mas o coordenador alegou que o número de casos de roubos de carga também é grande nesta região. Com isso, o veículo acaba sendo alvo dos bandidos, que desmontam e acabam vendendo as peças. Na questão do roubo, o investimento em tecnologia, o estudo de rota, a mudança de rotina, viagens no período diurno, o planejamento da viagem e, principalmente, o sigilo são fundamentais para a segurança do motorista, carga e veículo. "Por isso, o motorista tem de ser orientado com quem fala em uma parada de alimentação, por exemplo", disse ele.
Segundo o entrevistado, a fraude e a participação do motorista em supostos roubos, são pequenos, com relação ao número de veículos de passeio, mas existem. "Às vezes, o motorista é alvo de aliciadores e acaba cedendo. É importante que as empresas também saibam com quem estão trabalhando", finalizou o coordenador.
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