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Pedreiro é morto a facadas no Jardim Campo Belo

O pedreiro José Eraldo Rodrigues, de 59 anos, foi morto com duas facadas, durante a noite de anteontem, na Rua Engenheiro Paulo Roberto Correa da Silva, no Jardim Campo Belo. Ele foi atingido por, pelo menos, duas facadas na altura do pescoço. As perfurações foram localizadas pelo médico do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), no ato do socorro, mas o perito criminal teria localizado mais dois golpes, no antebraço e próximo ao lábio, o que totalizaria quatro facadas.

A Polícia Militar foi acionada ao local por testemunhas, que afirmaram terem presenciado uma briga, em que uma das partes estaria armada de faca. Quando chegaram, os militares encontraram apenas o homem agonizando na calçada. Testemunhas alegaram que os golpes foram dados por um casal: o entregador W.S.F., 24 e a desempregada L.F.C.L., 23, que fugiram em uma moto, logo após as agressões. Socorristas e o médico do Samu tentaram por mais de 40 minutos reanimar a vítima, mas não obtiveram sucesso.

A motivação do crime seria uma dívida de R$200 que os autores teriam com a vítima. Eles teriam se encontrado na esquina da casa do casal e começado uma discussão, após a cobrança feita pelo pedreiro. Testemunhas alegaram que, durante o entrevero, a desempregada entrou em casa e se armou de uma faca de cozinha e entregou a arma ao companheiro, que golpeou o pedreiro. Ferido, a vítima andou por alguns metros. As marcas de sangue no chão mostraram que ele teria tentado buscar ajuda, andando de um lado para outro. Ele caiu na frente de um trailer de lanche da Avenida Pedro Perissotto e não levantou mais.

Durante o atendimento do caso, os militares descobriram que o rapaz já era conhecido da equipe, com um endereço cadastrado no banco de dados da PM. Ambos foram localizados escondidos na casa dos pais do entregador em uma rua próximo à avenida, no mesmo bairro. A moto usada na fuga também estava escondida.  Segundo o sargento Salvador, na abordagem, o rapaz, que aparentava nervosismo, confessou o crime.

VERSÕES CONFLITANTES

Em seus depoimentos aos policiais militares, o entregador e a desempregada deram versões diferentes para a circunstância do crime.  O rapaz disse que a vítima foi vista falando palavras de cunho sexual para a desempregada, o que o levou a se armar e golpear o pedreiro, após uma breve luta corporal. Já a moça alegou que a vítima, alterada, teria tentado invadir a residência do casal armado de faca. Ela disse ter ido na cozinha, pegou outra faca e o golpeou para se defender. Depois disso, ela não se recordaria de mais nada. Ambos confirmaram suas versões - conflitantes - ao delegado Rodrigo Rodrigues e receberam voz de prisão.

Três facas com resquícios de sangue foram encontradas na pia da cozinha da residência e foram apreendidas por determinação da autoridade policial. Uma delas estava com a ponta torta. O corpo do pedreiro foi periciado ainda no local e levado ao Instituto Médico Legal (IML) local. Seu sepultamento será hoje, às 14h, no Cemitério Parque.

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