Foto de capa da notícia

PM encontra carta com detalhes de homicídio de jovem

Policiais militares da 1ª Companhia encontraram uma carta manuscrita, de seis páginas, que pode ajudar o trabalho de investigação do homicídio que vitimou Maiara Fernanda da Silva Valério, morta em setembro do ano passado, com 24 anos de idade. O crime é atribuído à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), por considerar a jovem traidora da cúpula da organização criminosa.

A carta estava escondida dentro do carro de um homem, membro da facção. A Polícia Militar (PM) foi até a rua da casa dele depois de receber denúncia anônima sobre o comércio de drogas no Jardim Regina Bastelli. Ao perceber a aproximação das viaturas, o suspeito, conhecido como “Lagoa” correu entre os telhados de casas vizinhas e conseguiu escapar.

A companheira do suspeito foi abordada pelos policiais e permitiu que a casa fosse revistada. Nada de irregular foi encontrado no interior do imóvel. Mas, ao vistoriarem o automóvel que estava parado na garagem da casa, os policiais encontraram a carta. Segundo os militares, o manuscrito trazia detalhes do crime e condenavam a morte outras duas testemunhas, fundamentais para o esclarecimento do crime. Os papéis foram apresentados ao delegado da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira, Leonardo Burger. É ele que está no comando das investigações. A companheira do suspeito foi ouvida pela autoridade policial e liberada em seguida.

O CRIME
Maiara foi julgada e considerada traidora da facção criminosa. Moradora do Residencial Ernesto Kuhl, a moça foi acusada de passar informações da organização criminosa para a polícia. Em janeiro do ano passado, ela foi raptada por membros da facção e condenada à morte, em um tribunal do crime. Ela deveria ser executada imediatamente, mas ganhou uma chance, pois estava grávida. No começo de setembro passado, após perder o bebê, ela foi novamente capturada e morta. A família foi avisada pelos bandidos que ela seria decapitada e que o corpo não seria devolvido. No final daquele mês, o corpo de Maiara foi encontrado em um canavial, às margens da estrada rural LIM-273, no Bairro São João rural. Ela estava com a cabeça separada do corpo e em avançado estado de putrefação. Em dezembro, a Gazeta publicou a matéria de que três envolvidos no crime já haviam sido presos pela Polícia Civil. O trabalho investigatório ainda está em andamento, segundo a polícia.

Comentários

Compartilhe esta notícia

Faça login para participar dos comentários

Fazer Login