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Casal deve responder por homicídio duplamente qualificado

O casal formado pelo entregador W.S.F., de 21 anos, e pela ourives L.F. C.L., de 23 anos, foi denunciado pelo Ministério Público (MP) de Limeira e deve responder por homicídio duplamente qualificado pela morte do pedreiro José Eraldo Rodrigues, de 59 anos. O homem foi morto a facadas no dia 25 de janeiro, na Rua Pedro Geraldo Quadros, Jardim Campo Belo, na frente da casa dos autores. O documento foi assinado pela promotora substituta Paula Alessandra de Oliveira Jodas. No dia 31 de janeiro, menos de uma semana depois do crime, a promotora apresentou a denúncia contra o casal. A Justiça acatou o pedido na última quinta-feira, dia 23 de fevereiro.

Em seu relato, a promotora confirma que a causa da morte foi uma dívida de R$200, que os autores tinham com a vítima. O crime aconteceu quando Rodrigues foi à casa do casal para cobrá-lo, dando início a uma discussão. Após esfaquear quatro vezes Rodrigues, o casal deixou o imóvel e tentou se esconder na casa da mãe do entregador, no mesmo bairro. Foi lá que ambos foram presos pela PM minutos depois do crime. A vítima caminhou por alguns metros e caiu, desfalecido, na calçada a cerca de 50 metros do imóvel.

O laudo pericial apontou que Rodrigues recebeu duas facadas no pescoço, uma no rosto, próximo ao queixo, e uma no antebraço esquerdo. Os golpes teriam sido dados pelo entregador e pela ourives, que deram versões diferentes sobre o ocorrido.O rapaz disse que a vítima foi vista falando palavras de cunho sexual para a desempregada, o que o levou a se armar e golpear o pedreiro, após uma breve luta corporal. Já a moça alegou que a vítima, alterada, teria tentado invadir a residência do casal armado de faca. Ela disse ter ido na cozinha, pegou outra faca e o golpeou para se defender. Depois disso, ela não se recordaria de mais nada.

Uma terceira versão foi dada à polícia, pela mãe da ourives, que estava no imóvel quando a briga ocorreu. Ela afirmou em depoimento que viu a briga, que tentou apartar, mas foi agredida e que percebeu quando o genro se armou, com facas que estavam na cozinha do imóvel. Mas, como cuidava do neto, permaneceu no interior do imóvel.Em seguida viu o entregador dizendo que iria sair de moto. A mulher, a filha e o neto foram à casa da sogra da filha a pé, em seguida. Os defensores públicos que representam os autores pediram a liberdade provisória, que foi negada pela Justiça.

Em um outro documento, que também consta no processo, a promotora cita que “com efeito, os fatos praticados são graves. Os autores demonstram ser pessoas que oferecem concreto risco à ordem pública, pois ceifaram a vida da vítima com golpes de faca, em plena via pública. Percebe-se que eles, com seu comportamento temerário, colocam em risco a ordem pública. Ademais, ao que consta, existem pessoas que presenciaram o delito que, por temerem represálias, não quiseram ser, por ora, identificadas, a demonstrar que, caso sejam colocados em liberdade, existe a possibilidade de tentarem dificultar as investigações policiais ainda em curso”, relatou Paula Alessandra. O casal espera o julgamento preso, de forma preventiva.

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