
DIG prende mandantes e executor de crime em Iracemápolis
Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Limeira, sob o comando do delegado Leonardo Burger prenderam, durante a noite de anteontem, três pessoas acusadas da morte do aposentado José Braz Pessate, ocorrida em 30 de setembro do ano passado, na rua Dom Pedro II, no Centro de Iracemápolis. O idoso foi morto com tiros na cabeça, após sair de uma agência bancária. Nada foi levado da vítima.
Durante meses, a especializada investigou a morte de Pessate e descobriu que ele havia sido morto por uma disputa de terras, em Iracemápolis. Houve um desacordo na venda de propriedades, que pertenciam a três famílias. A Justiça chegou a ser provocada, mas não houve acordo amigável. As famílias dos mandantes e da vítima estavam envolvidas na disputa.
Durante a noite de quinta-feira, a equipe da especializada foi à zona rural de Iracemápolis, onde ocorreria o pagamento de parte do dinheiro devido pelos mandantes pelo crime cometido. Com três mandados de prisão, os investigadores flagraram o pagamento. Foram detidos pai e filho, de 30 e 61 anos, que seriam os mandantes, e o executor, de 30 anos. O primeiro a ser preso foi o executor. Ele, que estava escondido em Sorocaba, veio para Iracemápolis, em um carro de aplicativo com a companheira e dois sobrinhos. A abordagem próximo à fazenda, pertencente à família dos mandantes. Foi lá que pai e filho foram encontrados e presos.
No imóvel da fazenda, os policiais encontraram celulares, uma pistola 9mm, municiada, e duas espingardas de calibres 5,5 e 12, além de cartuchos intactos e notebooks. Os policiais ainda encontraram no local uma folha de papel embaixo de uma imagem religiosa, com pedidos à santa. Um dos pedidos era “ter coragem para enfrentar José Braz Pessate”. Além do homicídio, o trio foi autuado em flagrante por associação criminosa.
Segundo a polícia, o executor teria agido em conluio com um outro homem, que também está com a prisão temporária decretada. No entanto, essa quarta pessoa está presa desde a semana passada, em Piracicaba, por um caso de tráfico de drogas. O delegado alegou que a investigação ainda está em andamento, mas que haveria mais pessoas envolvidas.
A morte de Pessate teria sido encomendada por R$150 mil. Cerca de 50% desse valor já havia sido pago aos executores. O carro, encontrado queimado no mesmo dia do crime, em Charqueada, havia sido comprado pelos executores para cometerem o crime. No entanto, a polícia descobriu que foram os mandantes que pagaram pelo veículo.
A MORTE
A vítima foi morta na manhã do dia 30 de setembro do ano passado, a cerca de 30 metros da praça principal da cidade. Por volta das 9h15 quando populares acionaram o telefone da Guarda Civil Municipal (GCM) de Iracemápolis, relatando que disparos de arma de fogo foram ouvidos e que, em seguida, um homem foi encontrado caído na via pública. A ambulância da Prefeitura foi acionada, mas não havia mais o que ser feito.
Câmeras de comércios da região flagraram a ação do assassino. Uma delas flagrou o momento da execução e mostram o aposentado atravessando a rua, após sair da agência bancária. Ele passa pelo carro onde está o seu algoz, que desce logo em seguida. O assassino corre em direção à vítima e atira uma vez a queima roupa. O aposentado cai. O assassino chega a esboçar uma fuga, mas volta e dá mais, aparentemente, três disparos. "Os outros tiros [com exceção do primeiro] foram para confirmar que a vítima morreria", alegou o delegado da cidade, Rodrigo Rodrigues, à época.
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