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MP denuncia vendedor por morte de adolescente

O Ministério Público de São Paulo (MP/SP) enviou à Justiça limeirense a denúncia contra o vendedor, de 20 anos, acusado de ser o autor do homicídio que matou Erick Delatore de Araújo, de 16 anos, no último dia 22, em uma estrada rural, próximo a Fazenda Arizona, no Jardim Lagoa Nova rural. O estudante foi morto com 21 facadas, nas costas, nuca, peito, braços e mãos. A promotora substituta Letícia Macedo Medeiros Beltrame, aponta que o vendedor matou a vítima por motivo fútil e com recursos que dificultaram a defesa do ofendido. Portanto, deve responder pelo crime de homicídio duplamente qualificado. Ficou constatado durante a investigação do caso que vítima e o autor haviam se estranhado, após uma discussão por conta da namorada da vítima. Além disso, Erick estaria devendo cerca de R$50 para o autor.

Letícia afirma que na noite anterior ao crime, o vendedor se armou com uma faca, pois já estaria disposto a cometer o crime. Durante o encontro ocorrido na casa do “Pai Tiago”, Erick teria dito que deixaria de frequentar o local. Segundo a denúncia, com o argumento de que acenderia velas para “conferir proteção à vítima”, o autor o atraiu para um local distante, onde o esfaqueou. “Em seguida, o denunciado ocultou o corpo da vítima em área afastada da zona rural no bairro Lagoa Nova, dispensou a faca e deixou o local”, escreveu a promotora do caso.

No ato de sua prisão, o acusado do crime deixou registrado em depoimento que “havia conversado com a ‘entidade’, dias anteriores e esta disse que poderia matar que daria proteção, mas teria que acontecer (o crime) em sete dias". Ele ainda disse que Erick ‘do nada’ começou uma discussão, pois o desafeto teria xingado a namorada da vítima. Ele confirmou à delegada Evelyn Kaffa que voltou à casa de Tiago, confessou ao amigo o crime e que, mesmo não concordando com a sua atitude, Tiago permitiu que ele dormisse no imóvel.

Ainda naquele domingo, a delegada ouviu o pai do vendedor. O homem, de 49 anos, ressaltou o bom comportamento do filho, alegou que ele foi criado na igreja mas que, de 3 meses para cá, mudou o comportamento, depois de começar a frequentar o centro religioso. Naquela madrugada, o vendedor chegou em casa por volta das 6h30 sujo de barro, acordou horas depois e logo saiu de novo. O homem ainda disse que, pouco tempo depois, recebeu a visita do pai de Erick perguntando pelos dois. O pai confirmou que os dois dormiam um na casa do outro e que, de um tempo para cá, eles acabaram se afastando.

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