
“Pancadão do Jd. Senador Vergueiro” é discutido no Conseg
A reunião do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) Centro Sul, ocorrida durante a noite de anteontem, na sede da Associação Comercial e Industrial de Limeira (Acil) contou com a presença de moradores do Jardim Senador Vergueiro que externaram preocupação com a aglomeração de jovens, na rua Francisco de Munno, que tem tirado a tranquilidade dos moradores.
No local existe um comércio que vende bebida alcoólica, causando a reunião de milhares de jovens. De acordo com os moradores, os encontros ocorrem de quarta a domingo, com som alto e ruído da aglomeração de pessoas. O barulho está acabando com o sossego dos moradores. Alguns relataram que não conseguem sair de casa. Há ainda relatos de uso de drogas e de casais que estariam fazendo sexo no meio da rua. A presença de crianças e a venda indiscriminada de entorpecentes e de bebidas, inclusive para menores de idade.
Outra preocupação dos moradores é com relação a acidentes que podem ocorrer na rodovia Limeira - Pìracicaba, já que o local é próximo a uma passarela. Frequentadores do local estariam jogando garrafas de vidro de cima da passarela, na faixa de rolagem da rodovia. Além de vizinhos do local, o representante do condomínio Morar Mais, que fica a cerca de 600 metros do local. No condomínio, foi organizado um abaixo-assinado com quase 400 assinaturas, pedindo providências para as autoridades. O síndico alegou que protocolaria o documento na prefeitura nos próximos dias.
Uma das reclamantes relatou que teria sido maltratada durante a ligação que ela fez para o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar), em uma das madrugadas. “Eu não sei se eles [policiais] se irritaram com tanta ligação do mesmo local, que me falaram que, se eu quisesse acabar com o problema, que eu fizesse justiça com as próprias mãos”, disse ela. A alegação da mulher causou reação do capitão Herlon, responsável pela PM na reunião. “Irei enviar comunicados para o comando do Copom para que os policiais sejam orientados, pois isso foge do procedimento padrão de atendimento”, alegou o oficial.
Por outro lado, o capitão alegou que é necessário que quando a pessoa ligar para o 190, ela se apresente à viatura. “Não precisa ser no meio da confusão. Ela pode se encontrar com a viatura em um local próximo e se apresentar como ‘vítima’ daquela situação. Se não há vítima, a gente pouco pode fazer. A viatura pode ir, mas o problema vai voltar quando os policiais forem embora”, alegou o capitão.
Diante do exposto, o diretor operacional da Secretaria Municipal de Segurança Pública, Timóteo de Paula, disse que começará a pensar em uma ação semelhante a algumas que ocorreram em outros bairros que sofreram com a aglomeração, mas que o trabalho deveria ser conjunto com alguns outros setores do Poder Público. O estabelecimento tem alvará especial de funcionamento e por isso, teria autorização para funcionar durante as madrugadas. Uma das sugestões dadas aos moradores é a apresentação de boletins de ocorrência em massa na Polícia Civil. “Se tiver um grande número de registros sobre o mesmo local, a gente vai poder começar a envolver outros órgãos como, por exemplo, o Ministério Público, o Conselho Tutelar e a fiscalização municipal”, alegou major Neymar, coordenador operacional da Polícia Militar de Limeira, que estava presente, mas que, até aquele momento, não havia se manifestado. Ele ainda parabenizou os moradores pelo exercício da cidadania. “Somente se organizando, como a gente fez aqui hoje, é que a gente vai chegar a um denominador comum para todos”, relatou o major. Uma moradora do bairro cobrou ação do Poder Legislativo. Apenas um vereador, Betinho Neves, esteve na reunião, mas já tinha ido a outro compromisso, no momento em que houve a discussão. Apenas um assessor legislativo do vereador Júlio César Pereira dos Santos, assistia a reunião.
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