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Acessos a casarão são fechados depois de invasões e furtos

Funcionários da Secretaria de Obras e Serviços Públicos da Prefeitura de Limeira fecharam portas e janelas do casarão histórico, localizado no cruzamento das ruas Barão de Cascalho e Senador Vergueiro, no Centro. A intervenção ocorreu na manhã desta quinta-feira. Em caso de novas invasões, o acesso ao prédio poderá ser fechado com cimento e tijolo.

O fechamento foi pedido pelo Condephali (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Arquitetônico de Limeira), por meio de ofício enviado à Prefeitura, dona do imóvel, do final do século XIX. A informação foi confirmada pela presidente do conselho, Juliana Binotti, à Gazeta, na tarde de ontem. No documento, o órgão também sugere a ocupação do local por algum setor do Poder Público. O prédio está fechado desde a saída do Juizado de Pequenas Causas, há alguns anos. O imóvel está com o processo de tombamento, em andamento, na Prefeitura, desde 2008, quando haveria o tombamento de cerca de 10 imóveis da rua Barão de Cascalho, entre as ruas Tiradentes e Senador Vergueiro. Na época, quatro casas localizadas na mesma via foram demolidas, causando protestos por parte da população e do conselho.

O tombamento do casarão manteria as características originais da fachada e do interior. As exceções são para casos de adaptações, como acessibilidade, instalação de ar condicionado e sistema contra incêndios, por exemplo. Juliana ainda explicou que a limpeza e a conservação do imóvel são de responsabilidade da prefeitura.

A presidente informou ainda que, há alguns anos, a prefeitura estuda a demolição de dois prédios anexos ao casarão, para a construção de uma praça. Esses anexos também foram fechados. A reportagem entrou ontem em um dos imóveis e constatou a ação de vândalos, com furtos e fios e sujeira. Em um dos cômodos, uma planta, aparentando ser raiz de árvore, havia crescido junto à parede.

RECLAMAÇÃO

O imóvel foi alvo de reclamações de comerciantes da região por causa da presença de indigentes que pernoitavam no local. Uma janela do andar superior estava sendo usada para acessar telhados de imóveis vizinhos e, com isso, cometer delitos, causando prejuízos a, pelo menos, três lojas vizinhas. Uma delas, teve prejuízo de R$20 mil. Horas depois do furto, ocorrido durante a madrugada do domingo, um desconhecido foi flagrado por câmeras de segurança de comércios saindo com um carrinho com bolsas. Ambos foram reconhecidos pela comerciante como sendo de sua loja. A suspeita da vítima é que o material teria sido levado para a região da Estação Ferroviária, que voltou a ser ocupada por desocupados.
A Gazeta entrou no local nesta semana e constatou a sujeira, o mau cheiro e a deterioração do patrimônio, com vazamento constante de água em piso de madeira. Depois da repercussão do caso, funcionários do departamento de patrimônio da prefeitura procuraram o conselho, pedindo providências, causando o envio do ofício solicitando o fechamento.

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