O empresário, de 23 anos, que atropelou e matou três pessoas durante a manhã do último domingo, na Rua Otávio Coelho, no Jardim São Francisco, deve permanecer preso por tempo indeterminado. Ele teve a prisão em flagrante - por homicídio culposo e embriaguez ao volante - convertida em prisão temporária. A decisão foi assinada pelo juiz Rogério Danna Chaib, na tarde de ontem, durante a audiência de custódia.

O magistrado concordou com a argumentação da promotora Letícia Beltrame de que o empresário teria agido assumindo o risco de cometer o acidente, ao pegar a condução do carro sob efeito de álcool. Chaib alega que a liberdade do empresário ofenderia à ordem pública e que, ao final do inquérito policial, o empresário deve ser submetido a júri popular.

O estado de embriaguez dele foi comprovado após a realização do teste do bafômetro, que acusou 0,42 mg/l de ar. Ainda em depoimento, o rapaz disse que havia participado de uma festa onde bebeu whisky e que ‘apagou’ no momento do acidente. Ele teria terminado um relacionamento na sexta-feira e estaria sem dormir havia dois dias.

ACIDENTE

Imagens da câmera de segurança de uma padaria flagraram o acidente. O relógio do equipamento marca 6h41. Ademilso Ferreira Godoy, 48, Elieser Gomes da Silva, de 59 anos, além de um morador de rua, que segue desconhecido, foram atingidos na calçada. As vítimas identificadas foram sepultadas ontem, em Limeira.

A cena mostra duas das vítimas sentadas na calçada conversando e, a terceira, andava na rua. A terceira ainda percebeu o perigo, mas teve o instinto de correr para a calçada, onde foi atingido. Nenhuma das vítimas teve chance de socorro e morreram, ainda no local. O acidente foi testemunhado por outras pessoas que estavam no local e que, por pouco, também não foram atingidas.

Uma delas é o comerciante, dono da padaria. Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, ele mostra que, 5 segundos antes do acidente, o homem colocou mercadorias que ele levaria a um cliente no porta malas de um carro e, ao sair da cena do acidente, o carro aparece, desgovernado. Logo após o acidente, populares detiveram o empresário e o entregaram aos agentes da GCM, que foram acionados. Aos guardas, ele disse que não sabia o que tinha acontecido e entrou em desespero quando foi informado da gravidade do acidente. O carro foi apresentado ao delegado plantonista. Ele tinha R$7 mil em multas e, com licenciamento atrasado desde 2019.