Um rapaz, de 20 anos, identificado como Ryan Henrique Reis Cabral, morreu depois de bater a moto que ele conduzia em um ônibus de transporte coletivo, na avenida Nelson Aparecido do Nascimento, no Jardim Graminha, durante o começo da tarde de ontem. Ambos ocupavam uma Yamaha Fazer 250 cilindradas e fugiam da Polícia Militar, no momento do acidente.

Três motos da Rocam (Rondas Ostensivas com Apoio de Motocicletas) acompanhavam a moto que, além de Ryan, era ocupada por um adolescentes, de 15 anos. Eles subiam a avenida, segundo testemunhas, em alta velocidade, quando perderam o controle da moto e se chocaram no veículo, que embarcava passageiros em um ponto. Além do ônibus e da moto, um Fiat Uno, que estava regularmente parado na via, também foi atingido.

Segundo a empresa de transporte coletivo, o motorista alegou que parou para pegar cerca de 5 passageiros, que estavam no ponto, quando relatou ter percebido a pancada. “Quando ele desceu, já viu o acidente”, relatou o representante da empresa. Nenhum, dos cerca de 30 passageiros que estavam no coletivo, se feriram.

A Gazeta conversou com um dos policiais militares que estavam no local. Ele, que não participava do acompanhamento, alegou que acompanhava via rádio as informações passadas pelos colegas. “Quando percebemos que eles [militares] estavam acompanhando a moto, viemos no apoio. Ouvimos quando foi informado o local onde estavam e, em seguida, o pedido de acionamento da Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros, para socorrer os rapazes”, disse o policial.

Na chegada dos bombeiros, o menor foi socorrido e deixado em uma prancha, até a chegada da Unidade de Suporte Avançado (USA) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A reportagem flagrou a tentativa de salvamento de Ryan, Os bombeiros faziam massagem cardíaca no rapaz, que teve o óbito atestado pelo médico, na chegada do atendimento avançado.

Em seguida, o adolescente foi levado para dentro da USA, onde também passou por atendimento médico. A ambulância levou alguns minutos para deixar o local. Pelo vidro da viatura deu para perceber o trabalho do médico, na tentativa de salvar o garoto, que foi estabilizado e levado para a Santa Casa.

Familiares dos rapazes foram avisados e diversas pessoas chegaram ao local, em busca de informações. A mãe do adolescente foi informada do ocorrido e encaminhada para a Santa Casa para acompanhar a situação do filho. Ela também se solidarizou com familiares de Ryan. Diversos curiosos também se aglomeraram para ver o trabalho do resgate e, em seguida, da perícia criminal.

O delegado responsável pela área, João Batista Vasconcelos, titular do 2º Distrito Policial, também acompanhou o trabalho pericial in loco. O caso foi encaminhado para a unidade, que fica no Jardim Morro Azul. Questionada, a  Santa Casa alegou não ter autorização da família para passar informações a respeito do estado de saúde do adolescente. Ainda no local a reportagem, apurou que o estado dele era delicado e que ele corria risco de morte.