
Enquanto espera licitação, escola é invadida 5 vezes em 20 dias
O vereador limeirense Waguinho da Santa Luzia (Cidadania) protocolou, nesta quarta-feira, um requerimento questionando a Prefeitura de Limeira os motivos que estão levando um processo administrativo a estar parado na prefeitura desde novembro do ano passado. O procedimento, que foi aberto em 06 de maio de 2021, tem como objetivo a contratação de uma empresa especializada para a manutenção do alambrado, a construção de uma casa para zeladoria e muro de divisa da escola municipal Maria Madalena Vasconcelos da Silva, localizada no Jardim Graminha.
Junto ao requerimento, o vereador anexou os históricos de boletins de ocorrências registrados na Polícia Civil. No período de 20 dias, o prédio público foi atacado por marginais cinco vezes. No primeiro registro, feito na tarde do dia 24 de março, a declarante alega que seis câmeras também foram danificadas, além de tentarem furtar o cobre dos aparelhos de ar condicionado e arrombarem a entrada do pátio e do almoxarifado da escola.
Seis dias depois, no dia 30, a pessoa que registrou o caso na delegacia eletrônica, relatou que foram furtados 3 aparelhos de ar condicionado, e os fios dos para raios do estabelecimento. No dia 04 de abril, funcionários perceberam que a condensadora do ar condicionado de uma das salas havia sido furtada. O detalhe é que o aparelho ficava dentro de uma grade de ferro, que foi serrada pelos bandidos. Nas duas últimas vezes, funcionários alegaram que fios de outros para raios, canos e câmeras haviam sido furtados ou danificados.
Com relação ao requerimento, a prefeitura tem um prazo de 15 dias para responder. O prazo pode ser renovado por igual período. Em consulta no site da prefeitura, o processo teve um andamento registrado no dia 3 de janeiro deste ano, mas a situação está como “acompanhamento de licitação”.
LOCAL
A reportagem esteve nos fundos da escola, durante a manhã de ontem e não teve dificuldade para acessar o terreno da unidade escolar. Do alambrado sobraram alguns pedaços de metal e os postes de sustentação, que são de concreto. As marcas deixadas no metal denota que o alambrado foi cortado, provavelmente com alicate. A quadra da escola está completamente desprotegida. Um homem, que alegou ter um neto que estuda ali, disse que o banheiro da quadra também está destruído.
A parte de trás da escola fica de frente com uma área verde, que separa o Santina do Recanto Alvorada. Mais para frente está o Marajoara, loteamento recente, que ainda não está completamente povoado. Moradores da região alegaram que com a abertura do loteamento, o fundo da escola virou um local de passagem irregular de veículos. “Eles deveriam ter um pouco mais de cuidado com as nossas escolas. O que a gente vê e fica sabendo daqui é vergonhoso para o nosso bairro”, finalizou um dos moradores.
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