
Escola do Jardim Santina é furtada pela 6ª vez em 30 dias
Marginais invadiram outra vez a Escola Municipal Maria Madalena Vasconcelos da Silva, localizada no Jardim Santina. Agora, os números indicam que, em 30 dias, a escola foi furtada seis vezes. Os vereadores Waguinho da Santa Luzia (Cidadania) e de Mariana Calsa (PL) já haviam solicitado à Prefeitura atenção à situação do prédio público. Na semana passada, após o protocolo do requerimento do vereador, uma reportagem da Gazeta mostrou os registros feitos pela direção da unidade à Polícia Civil. O requerimento assinado pelo legislador ainda está dentro do prazo legal para resposta. Já a indicação da vereadora do PL, feita no começo do mês de abril, ainda está sem resposta do Poder Executivo. Em um dos documentos, a vereadora indica o aumento da ronda na rua da escola. Foram cinco do dia 24 de março até sexta-feira. No primeiro registro, a declarante alega que seis câmeras também foram danificadas, além de tentarem furtar o cobre dos aparelhos de ar condicionado e arrombarem a entrada do pátio e do almoxarifado da escola.
Seis dias depois, no dia 30, a pessoa que registrou o caso na delegacia eletrônica, relatou que foram furtados 3 aparelhos de ar condicionado, e os fios dos para raios do estabelecimento. No dia 04 de abril, funcionários perceberam que a condensadora do ar condicionado de uma das salas havia sido furtada. O detalhe é que o aparelho ficava dentro de uma grade de ferro, que foi serrada pelos bandidos. Nas duas últimas vezes, funcionários alegaram que fios de outros para raios, canos e câmeras haviam sido furtados ou danificados. Durante a tarde do domingo, os pais foram alertados pela direção da unidade, que os alunos não deveriam comparecer às aulas ontem no período matutino, devido à nova invasão. A postagem informava que o fornecimento de água no prédio da escola estava interrompido, devido ao furto das torneiras do pátio e dos banheiros. No começo da tarde, a Secretaria de Educação informou que os alunos do período vespertino voltariam às salas de aulas.
O ponto de maior vulnerabilidade da escola é a parte de trás do prédio. É por onde a maior parte das invasões ocorreram. Na quinta-feira passada, a reportagem não teve dificuldade para acessar o terreno da unidade escolar. Do alambrado sobraram alguns pedaços de metal e os postes de sustentação, que são de concreto. As marcas deixadas no metal denota que o alambrado foi cortado, provavelmente com alicate. A quadra da escola está completamente desprotegida. Um homem, que alegou ter um neto que estuda ali, disse que o banheiro da quadra também está destruído. Em consulta no site da prefeitura, o processo administrativo, aberto em maio de 2021 para a manutenção dos alambrados e a construção de uma casa para zeladoria, teve um andamento registrado no dia 3 de janeiro deste ano, mas a situação está como “acompanhamento de licitação”.
MANIFESTAÇÃO
O secretário de Educação André Luís de Francesco concedeu entrevista ontem à Rádio Educadora. O professor usou os microfones da emissora para fazer um desabafo. “Para mim é inadmissível ver uma sociedade que trata a escola com tamanho desprezo. O que deixa a gente realmente bastante frustrado é a repetição de invasões e depredação em um ambiente que deveria ser o mais protegido de toda sociedade.”, citou. O secretário afirmou que o processo está em andamento na prefeitura, mas citou a dificuldade em conseguir realizar obras no Poder Público. “Eu que venho da iniciativa privada, sei o quanto é moroso o processo na vida pública. As leis impõem que a gente tenha regramento, que o planejamento seja feito de forma antecipada. As licitações e a reposição de peças são demoradas”, relatou. Francesco prometeu que a licitação para a manutenção dos alambrados e a construção de uma zeladoria ocorreria nesta terça-feira. Ele ainda ressaltou que tramita na prefeitura um projeto de monitoramento online e em tempo real dos prédios públicos de todos os setores da Prefeitura. Além da escola do Jardim Santina, no final de semana, o Centro Infantil Vereador Wladimir Jorge Schinor, no Residencial Odécio Degan.
COMISSÃO
Em setembro do ano passado, três vereadores, integrantes da Comissão de Obras, estiveram na escola para verificar a situação. Na época, a reclamação da diretora era que vândalos invadiam a escola e que, por isso, a quadra, inaugurada no começo da primeira gestão do prefeito, estava inutilizada. Na vistoria, também foram encontrados pinos de cocaína, camisinha e cacos de vidros na quadra. Segundo vizinhos, bailes funks aconteciam dentro da quadra.
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