
DIG fecha empresa clandestina no Jardim Caieira
Dois homens, de 45 e 36 anos, foram presos em flagrante, incursos na lei de crimes contra o meio ambiente, na tarde de anteontem. Um dos detidos é o ex-vereador Clayton Silva. Segundo o que foi apurado, a investigadora de polícia do setor de produtos controlados da Delegacia Seccional de Limeira recebeu uma informação que o imóvel localizado na avenida João Amaral Gama, no Jardim Caieira, funcionava como uma empresa clandestina de galvanoplastia para banho de jóia.
A denúncia ainda garantia que os policiais encontrariam produtos químicos controlados e que são potencialmente poluentes ao meio ambiente. Segundo a polícia, foram encontradas no imóvel máquinas usadas no processo em pleno funcionamento e como não haviam as licenças necessárias, o local foi lacrado e os dois sócios presos em flagrante. Ao todo haviam nove tanques, 25 frascos, duas bombas de 50 litros e 3 galões cheios de um produto químico indeterminado, além de 206 gramas de deplacante, substância usada no banho de diversos materiais. Todos os produtos usados nos processos de banho são controlados pela Polícia Civil, Polícia Federal e Cetesb.
A Vigilância Sanitária (Visa) e a Cetesb foram acionados e também lavraram autos de infração, por falta de licença. Na delegacia, foi arbitrada fiança para ambos de um salário mínimo. O valor foi pago e ambos devem responder o processo em liberdade. O artigo 56 da lei 9.605/98 prevê reclusão de um a quatro anos e multa para quem “Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar, fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produto ou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou ao meio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou nos seus regulamentos”.
Em contato com o ex-parlamentar, na tarde de ontem, por telefone, Clayton alegou que comprou a empresa com os produtos encontrados e que o banho de joia não estava funcionando. "Já demos entrada na Cetesb e temos até um químico trabalhando aqui", contou.
Segundo ele, a Vigilância Sanitária, a Cetesb e a perícia da Polícia Cientifíca foram ao local e não conseguiram afirmar que o processo era realizado. "Do jeito que eu encontrei o banho, ele está. Não mexi em nada. Estou aqui no local arrumando as coisas para poder trabalhar na legalidade", finalizou o político.
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