
Sete casos de violência contra a mulher são registrados
Levantamento feito pela reportagem da Gazeta junto aos registros de boletins de ocorrência feitos no plantão policial, das 18h da última sexta-feira, às 8h de ontem, apontam que um a cada cinco registros têm mulheres como vítimas. Foram 39 registros ao todo, sendo que sete dos crimes foram cometidos contra a mulher, pela condição de gênero dela. Entre as situações estão descumprimento de medida protetiva, ameaça, violência doméstica e dois casos de violência psicológica.
No sábado, a equipe dos soldados Moura e Castilho foram acionados até o Jardim Glória, na Rua Comendador Jamil Abraão Saad, depois de populares segurarem um homem, de 35 anos, ex-companheiro de uma moradora da rua, de 31 anos. Os policiais relataram que, em conversa com a vítima, souberam que o suspeito invadiu a casa pulando o muro, danificou uma porta e a agrediu com socos e chutes. Testemunhas intervieram, cessaram as agressões e entregaram o suspeito para os militares. A vítima relatou que sofre constantemente com a brutalidade do ex-companheiro. Ele recebeu voz de prisão em flagrante por ameaça e violência doméstica.
Ainda no sábado, uma denúncia foi feita contra o ex marido de uma mulher, de 42 anos, que se apresentou ao delegado. Em seu depoimento, ela relatou que já sofreu ameaças do suspeito, mas que nunca foi agredida. No final de semana, o homem veio de Piracicaba, onde mora, e começou a reclamar do tratamento dado pela vítima aos filhos. A confusão se generalizou e envolveu outros familiares da vítima. A PM foi chamada, mas o suspeito foi embora. Já no Santina, um homem, de 32 anos, foi preso após agredir fisicamente a companheira, de 30, por volta das 19h30 do sábado. Após as agressões, a Polícia Militar (PM) foi acionada e abordou o suspeito na frente da casa da vítima. Ele foi apresentado ao delegado Assis José Cristofoletti e recebeu voz de prisão em flagrante por violência doméstica.
No domingo de manhã, policiais militares da 1ª Companhia apresentaram um rapaz, de 23 anos, depois de ele ameaçar de morte sua ex-companheira, de 20 anos. No ato da prisão, segundo o registro, o rapaz não foi interrogado pois não apresentava “capacidade cognitiva para tanto”. Mais tarde, perto dali, no Jardim Graminha, um homem, de 24 anos, foi preso, depois de desobedecer uma ordem judicial que o mantinha afastado de uma idosa, de 69 anos. Ele negou ter descumprido a ordem, mas recebeu voz de prisão do delegado Alexandre Ferracioli.
Vendedora é vítima de violência psicológica
Uma vendedora, de 26 anos, alega estar sendo vítima de violência psicológica, por parte de um cliente que ela atendeu no comércio onde trabalha. A moça disponibiliza o número do WhatsApp aos clientes para a pós-venda. Ela disse que o homem, que teria 31 anos, comprou um produto e que, desde então, manda mensagens em seu celular, a convidando para um relacionamento. Mesmo com a negativa da moça, que alega ser comprometida, o suspeito não para de perturbá-la, com mensagens do aplicativo e nas redes sociais. O homem posta foto ostentando o brasão do Estado de São Paulo e alega ser policial e diz para a moça que “sairá com ela de qualquer jeito”. Fotos do suspeito foram anexadas ao registro feito ao plantão policial.
Outra vítima do mesmo tipo de violência que procurou a delegacia foi uma jovem, de 17 anos. Recém separada de um rapaz de 20 anos, a moça disse estar se sentido constrangida pelas atitudes dele que vai ao prédio onde mora e fica tocando o interfone não só do apartamento dela, mas de vizinhos. Ele já ficou na porta do edifício esperando a vítima sair e já a seguiu no shopping, alegando que “se ela não for dele, não será de mais ninguém”.
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