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Menina de 15 anos engravida e suspeito é o pai adotivo

Uma auxiliar de limpeza, de 42 anos, mãe de uma adolescente de 15 anos, acionou a Polícia Civil para investigar o próprio marido, um homem, de 48 anos. A acusação é de estupro de vulnerável, após a mulher descobrir que a gestação da jovem, durante uma consulta ginecológica de rotina. Para a delegada Andréa Levy, a mulher relatou o ocorrido.

A mulher convive com o suspeito há cerca de 11 anos. Ela é a segunda esposa dele. Do relacionamento anterior, o acusado tem três filhos, todos maiores de idade e que já era vasectomizado. Durante o relacionamento do casal, o homem chegou a fazer uma tentativa de reversão da operação para poder ter filhos com a declarante, mas as tentativas foram infrutíferas. 

Em 2019, o casal resolve adotar duas garotas; a vítima, então com 9 anos, e a irmã biológica dela, de 8. No seu relato, a mulher alega que, após a adoção, o comportamento do marido mudou. Ele se tornou impaciente, frio e com a líbido comprometida. Meses depois de adotar as irmãs, a vítima chegou a relatar para a mãe que havia acordado “três ou quatro vezes” com o pai acariciando as suas partes íntimas. Na época, a mãe não deu valor para o depoimento da filha que, segundo ela, “tinha o costume de mentir com frequência”, mas chegou a questionar o marido, que negou, inclusive chorando, qualquer crime contra a menina.

Desde aquela ocasião não houve mais nenhuma manifestação estranha da menina neste sentido. Mas, no começo de junho, a mãe decidiu encaminhar a garota para um médico ginecologista para exames de rotina, ocasião que foi descoberta  a gravidez, de 15 semanas - cerca de 4 meses.  Questionado sobre o fato, o acusado resolveu se calar, causando estranheza da mulher. Ela relatou que ele teve um comportamento completamente diferente quando descobriu que a filha do primeiro casamento não era mais virgem. Segundo a declarante, ele chegou a ir na casa do namorado dela para tirar satisfação. A mulher disse ainda que chegou a ir na escola da filha para saber sobre possíveis relacionamentos com colegas, mas todos disseram desconhecer.

Até que, há algumas semanas, a menina resolveu contar que sofreu abusos de forma recorrente do pai, com conjunção carnal desde que ela tinha 12 anos, o acusando de ser o pai do filho que ela gera. Novamente, questionado, o marido disse que “a culpa era dele”, pois ela havia sentado na privada do banheiro da casa, que estava suja com seu sémen. A mulher terminou o casamento e expulsou o marido de casa. O caso segue para investigação da Delegacia de Defesa da Mulher. 

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