CPI: síndicos relatam dificuldades no abastecimento de condomínios

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Reunião da CPI da BRK expõe falhas no abastecimento de água


Em reunião na manhã de ontem, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a Prefeitura quanto aos serviços prestados pela concessionária BRK Ambiental ouviu síndicos que relataram problemas no abastecimento de água em diferentes condomínios residenciais, especialmente nas regiões do Jardim do Lago e Chácara Antonieta.

Graziela de Araújo Jesus foi a primeira a ser ouvida pela CPI. Síndica dos condomínios Parque Lua Nova, Parque Livorno e Residencial Rubi A, na região do Jardim do Lago, ela relatou problemas de falta de água nas unidades e que foi necessário adotar medidas internas de racionamento no consumo, para evitar a contratação de caminhões-pipa pelos condôminos.

Em seguida, Diego Mussato que administra diferentes condomínios na cidade ratificou que há falhas no fornecimento de água na região do Jardim do Lago. Ele mencionou o Parque London, Lazio e Vale das Oliveiras. Destacou que o problema ocorre desde novembro e que nos últimos 15 dias houve um agravamento. Informou que, como forma de garantir acesso das famílias à água, é necessário fazer a contratação de caminhões-pipa, e que a despesa nem sempre é custeada pela BRK. O síndico Diego apontou que regularmente a pressão baixa no volume de água do sistema dificulta a oferta do recurso para os condomínios, principalmente no Parque London.

Renan Chinelatto, representando o condomínio Alfredo Guilherme Schnoor, afirmou que os moradores do residencial localizado na região da Chácara Antonieta, sofrem com falta de água. Relatou que em 2023 a situação foi mais sentida pelos condôminos. Mencionou que, as interrupções não costumavam durar mais que 24 horas, porém em novembro do ano passado o condomínio chegou a ficar uma semana sem abastecimento. Ele citou prejuízos com despesas na contratação de caminhões-pipa para atender as famílias das 52 unidades, nesse período e pediu a compreensão da concessionária para garantir o ressarcimento.  

Chinelatto descreveu que em 2024 não foi registrada interrupção, uma vez que o condomínio investiu na aquisição de uma bomba para conseguir puxar a água que chega da rua e levá-la até o reservatório. O síndico criticou que o volume mínimo de pressão da água calculada em 10 metros de coluna d'água (MCA), não é suficiente para atender condomínios verticais, pois não há força para chegar aos reservatórios mais altos nas torres. Salientou que o condomínio que administra possui quatro andares e ainda assim a pressão do sistema de abastecimento não é adequada para atendê-lo.

OUTRO LADO

Os representantes da BRK se manifestaram durante a reunião em relação à pressão da água. Eles responderam que a concessionária atende à legislação que prevê a medição mínima de 10 MCA. Sinalizaram que situações como as relatadas no condomínio Alfredo Guilherme Schnoor dependem de medidas na estrutura interna do condomínio. A respeito das faturas e pedidos de ressarcimento, solicitaram que todas as demandas devem ser encaminhadas à concessionária para análise, especialmente do ponto de vista legal sobre cada ocorrência.  
 



Comissão quer saber como foram gastos R$ 170 milhões

No ofício entregue à CPI, a empresa informou que entre 2020 e 2023 foram investidos R$ 170 milhões e que continuará realizando investimentos em 2024, seguindo as estimativas e projeções contratuais formalmente aprovadas pela Prefeitura de Limeira e pela agência reguladora Ares-PCJ. As obras executadas compreendem projetos como nova adutora de água com diâmetro de 400 milímetros e extensão total de 2.875 metros lineares, bem como reservatório de água tratada na região do Jardim Fênix, com capacidade de 1.600 metros cúbicos. Os investimentos, segundo a BRK, permitem o aumento da capacidade de transporte de água e atende às demandas de munícipes de regiões como Jardim do Lago.    

As obras têm previsão para conclusão até meados de 2026. “Desde que liberadas e aprovadas legalmente pelos entes, estando a adutora já em fase de execução de projeto complementar e de contratação”, comunicou a concessionária.

O relator da CPI, vereador Elias Barbosa apresentou requerimento para que a BRK informe detalhadamente como foram executados os investimentos informados na ordem de R$ 170 milhões. A solicitação foi aprovada pela comissão para encaminhamento à empresa. Também fazem parte da CPI os vereadores Helder do Táxi, Terezinha da Santa Casa, João Banoe Waguinho da Santa Luzia membros.

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