
Ciro Gomes tem pedido de prisão preventiva por violência de gênero
A Advocacia do Senado Federal protocolou na última
quinta-feira, 4, um pedido de prisão preventiva contra o ex-ministro Ciro Gomes
(PDT), acusado de cometer violência política de gênero contra a ex-senadora e
atual prefeita de Crateús (CE), Janaína Farias (PT).
O pedido ocorre dentro de uma ação penal eleitoral movida pelo Ministério
Público Eleitoral. A situação começou em abril do ano passado, quando Janaína,
que era suplente, assumiu no Senado a vaga do ministro da Educação, Camilo
Santana. A defesa do ex-ministro informou que deve contestar o pedido de prisão
preventiva ainda nesta segunda-feira, 8.
Na época, Ciro se referiu à petista como "assessora para assuntos de cama
do Camilo Santana para o Senado da República" e "cortesã". Pelas
declarações, foi condenado em maio deste ano, pelo Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e dos Territórios (TJ-DFT), ao pagamento de uma indenização de
R$ 52 mil para a agora prefeita de Crateús.
O pedido de prisão preventiva ocorre depois que Ciro Gomes voltou a mencionar
Janaína Farias em entrevistas, mais de um ano depois das primeiras declarações.
O requerimento aponta a reincidência das declarações depois que ele se tornou
réu na Justiça Eleitoral, além da influência política do ex-ministro e riscos à
integridade da prefeita.
Para o advogado Walber Agra, que representa Ciro Gomes, a medida visa
"criminalizar um discurso que é nitidamente político" e
"constranger" o ex-ministro, além de "impedir seu direito de
expressão dentro das linhas constitucionais".A
defesa também nega a acusação de violência política de gênero. "O que ele
(Ciro) quer enfocar é que houve, na verdade, critérios não-republicanos para a
escolha de cargos importantes no Ceará", afirmou.
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