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Governo de SP anuncia plano que pode restringir abastecimento de água

O governo de São Paulo anunciou, no último fim de semana, um plano de contingência para o abastecimento de água diante do risco de uma nova crise hídrica na Grande São Paulo e em parte dos municípios do estado. A medida prevê restrições que podem chegar a 16 horas por dia, caso o nível dos mananciais continue em queda.
Este é o terceiro ano consecutivo com chuvas abaixo da média no estado. Segundo dados oficiais, o nível das represas que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo está em 28,7% da capacidade total, o menor patamar desde a crise hídrica de 2014 e 2015.
O plano do governo prevê uma série de ações emergenciais, como rodízio no fornecimento de água, intensificação de campanhas de economia e uso de fontes alternativas, além do monitoramento diário das condições dos reservatórios. A prioridade, segundo a administração estadual, é garantir o abastecimento humano e evitar o colapso no sistema.
Situação local
Em Limeira, a Gazeta entrou em contato com a BRK Ambiental, concessionária responsável pelo abastecimento de água na cidade. A empresa informou que mantém ativas as medidas preventivas previstas no plano de contingência de estiagem, o que inclui o uso da represa Salto do Lobo, uma reserva estratégica autorizada pelo município.
De acordo com a concessionária, a utilização dessa represa tem garantido o volume necessário para manter o abastecimento da população, mesmo em períodos de baixa disponibilidade de água no rio Jaguari, principal manancial da cidade. “Ainda que os mananciais estejam em estado de alerta, não há previsão de racionamento em Limeira. A BRK mantém um plano de contingência permanente, com ações de combate às perdas, melhorias operacionais e investimentos contínuos em infraestrutura, assegurando a regularidade do abastecimento mesmo durante a estiagem”, informou a empresa, em nota. A concessionária, no entanto, reforça o alerta à população: o cenário de estiagem prolongada exige atenção redobrada e uso consciente da água.
Alerta
Especialistas afirmam que o fenômeno é resultado da combinação de fatores climáticos, como o El Niño e o atraso das chuvas de primavera, que têm reduzido a reposição natural dos reservatórios. O governo do Estado já admite que, se o regime de chuvas não se normalizar até dezembro, as restrições poderão ser ampliadas.

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