Morre Lô Borges, ícone do Clube da Esquina, aos 73 anos em Belo Horizonte
O cantor e compositor Lô Borges, um dos fundadores do Clube da Esquina e nome essencial da música brasileira, morreu nesta segunda-feira (3), aos 73 anos, em Belo Horizonte. A informação foi confirmada pela família do artista.
Internado desde 17 de outubro na UTI de um hospital da capital mineira, Lô enfrentava complicações decorrentes de uma intoxicação por medicamentos. Ele chegou a passar por uma traqueostomia no dia 25 de outubro, mas não resistiu.
Nascido Salomão Borges Filho, no bairro Santa Tereza, em Belo Horizonte, Lô cresceu cercado pela efervescência musical que marcaria sua trajetória. Foi ali que, ainda criança, conheceu Milton Nascimento, com quem viria a formar uma das parcerias mais marcantes da MPB. Juntos, criaram o Clube da Esquina, movimento que revolucionou a música brasileira na década de 1970 ao misturar sonoridades mineiras com influências do rock, do jazz e da música latino-americana.
Composições como “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”, “O Trem Azul” e “Paisagem da Janela” se tornaram clássicos, atravessando gerações. Em 1972, Lô assinou com Milton o álbum “Clube da Esquina”, considerado por críticos o maior disco brasileiro de todos os tempos e incluído entre os 10 melhores álbuns da história pela revista norte-americana Paste Magazine. No mesmo ano, lançou seu primeiro trabalho solo, o emblemático “Disco do Tênis”.
Após um breve afastamento dos palcos, Lô retomou a carreira com o álbum “Via Láctea”, de 1979, e seguiu produzindo até os últimos anos. Na década de 1990, voltou às paradas com “Dois Rios”, parceria com Samuel Rosa, do Skank. Fiel à sua inquietude criativa, o músico manteve o hábito de lançar um disco de inéditas a cada ano desde 2019 — o mais recente, “Céu de Giz”, em parceria com Zeca Baleiro, foi lançado em agosto de 2025.
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