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Saúde mental leva a 782 afastamentos na educação em 2024

O número de afastamentos por transtornos mentais entre servidores da educação municipal de Limeira chegou a 782 em 2024, um crescimento de mais de 20% em comparação com os 647 registros do ano anterior. Os dados foram levantados pela Divisão de Medicina Ocupacional e Segurança do Trabalho da Prefeitura e enviados à Câmara Municipal em resposta ao Requerimento 294/2025, apresentado pela vereadora Mariana Calsa (MDB).

 

Entre as categorias mais afetadas estão as monitoras, com 246 casos, e os auxiliares de serviços gerais, com 127. No caso das professoras da educação infantil e do ensino fundamental, o total de afastamentos também é expressivo: 65 em cada uma dessas funções.

 

Em 2023, os registros para esses cargos foram de 42 e 65, respectivamente. Desde 2021, o número de afastamentos por motivos psicológicos tem crescido de forma contínua, saltando de 351 para os atuais 782 casos. “Esses números reforçam a urgência de políticas públicas voltadas à saúde mental dos trabalhadores da educação. Precisamos de ações estruturadas e permanentes”, afirmou.

 

A Prefeitura informou que desde novembro de 2022 uma psicóloga efetiva atua no atendimento aos servidores. Entre as medidas adotadas estão grupos terapêuticos, atendimentos individuais e ações voltadas a mulheres e pessoas enlutadas. Em 2024, os exames periódicos começaram a ser aplicados aos monitores contratados por tempo determinado, e a previsão é de ampliar o serviço a outras categorias ainda este ano, começando pelos merendeiros escolares.

 

Para 2025, o plano da Administração é implantar uma gestão psicossocial voltada à segurança e saúde no trabalho, conforme as normas do Ministério do Trabalho, além de continuar com as ações iniciadas em anos anteriores. A ideia é envolver a equipe da educação em um trabalho conjunto com palestras, treinamentos e abordagens em rede que possam alcançar mais profissionais.

 

A Prefeitura também reconhece que o cenário vivido entre 2020 e 2022, por conta da pandemia, interferiu diretamente nas estatísticas, com redução de casos registrados naquele período devido a afastamentos preventivos e alterações na dinâmica do trabalho escolar. No entanto, a retomada das atividades presenciais e o aumento da demanda colocaram em evidência os desafios da saúde mental na rede municipal de ensino.

 

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