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Cai número de pessoas em situação de extrema pobreza na região

Um levantamento realizado pelo Observatório da Região Metropolitana de Piracicaba, ligado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da USP (Esalq), revelou uma queda significativa no número de pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza em municípios da região. Em destaque estão Limeira, Cordeirópolis e Iracemápolis, que registraram redução expressiva nos índices entre os anos de 2022 e 2025.

 

De acordo com o estudo, Limeira teve redução de 15,67% para 12,55% da população vivendo em vulnerabilidade. Iracemápolis caiu de 9,03% para 5,93%, e Cordeirópolis apresentou a maior queda proporcional entre os municípios analisados, passando de 9,61% para apenas 1,48% da população em situação de pobreza e extrema pobreza — o menor índice entre todas as cidades da Região Metropolitana de Piracicaba (RMP) avaliadas.

 

O estudo credita essa melhora à combinação de fatores que envolveram o retorno das atividades econômicas após o período mais severo da pandemia de Covid-19, a retomada de programas sociais federais, como o Bolsa Família, e mudanças no cenário político e econômico a partir de 2023. Segundo o Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Esalq, as políticas adotadas a partir daquele ano reverteram parte do impacto causado pela crise sanitária e pelas restrições econômicas impostas anteriormente.

 

Em 2022, o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social na RMP era de 219.115, o que representava 13,77% da população dos 24 municípios. Em maio de 2025, o número caiu para 151.583 pessoas, ou 9,98% da população. Na prática, isso representa uma redução de mais de 67 mil pessoas que deixaram de estar cadastradas no CadÚnico como vivendo abaixo da linha da pobreza.

 

O avanço de programas de transferência de renda e políticas públicas de inclusão e combate à fome, associados à melhora nos indicadores de emprego e renda, foram apontados como determinantes para a mudança. A Esalq também destaca que o fim do teto de gastos para áreas sociais, aliado a ações voltadas ao fortalecimento do mercado de trabalho formal, contribuiu diretamente para o resultado positivo.

 

Considera-se a população pobre ou vulnerável à pobreza aquela que ingressou na faixa de renda familiar mensal por pessoa de até R$ 218 e, ao longo de 24 meses, não ultrapassou o limite de meio salário-mínimo por mais de 2 trimestres consecutivos. [...] Considera-se população de baixa renda aquela que se mantém, ao longo de 24 meses, com renda familiar mensal por pessoa de até meio salário-mínimo.

 

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