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Região de Limeira exporta US$ 567,6 milhões no 1º semestre

Apesar do novo tarifaço de 50% anunciado pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as exportações da região de Limeira devem ser pouco afetadas, ao menos por enquanto. A medida, que atinge 35,9% das exportações brasileiras, foi anunciada no fim de julho e isenta cerca de 700 produtos da sobretaxa, entre eles itens relevantes para a economia local, como pastas de madeira, veículos, suco de laranja e celulose. 

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), 44,6% das exportações do Brasil para os Estados Unidos foram excluídas da nova tarifa. Outros 19,5% já estavam sujeitos a tributações específicas anteriores, como autopeças, aço e alumínio – que seguem em vigor. 

Na região de Limeira, levantamento do Ciesp baseado nos dados do primeiro semestre de 2025 aponta que as exportações somaram US$ 567,6 milhões, alta de 6,9% em relação ao mesmo período de 2024. Os principais produtos exportados foram preparações alimentícias diversas (26,4%), pastas de madeira (13%) e veículos automóveis e tratores (9,6%). Os Estados Unidos lideram como destino, com 14% da fatia regional. 

Especialistas ouvidos pela Gazeta destaca que, os produtos mais importantes da pauta local seguem isentos da sobretaxa, o que reduz os efeitos imediatos da medida. Ainda assim, parte da indústria segue cautelosa. Isso porque alguns setores, como o de autopeças e bens manufaturados, podem estar entre os produtos atingidos e ainda aguardam esclarecimentos sobre a abrangência completa das novas regras. 

“Limeira exporta bastante para os EUA, mas o impacto do tarifaço é reduzido porque seus produtos mais exportados estão, até o momento, protegidos pela lista de exceções. Ainda assim, o setor produtivo da cidade deve manter atenção constante, principalmente empresas ligadas à cadeia automotiva e metalúrgica, que podem ser mais vulneráveis a mudanças futuras”, explicam. 

O presidente do Ciesp, Rafael Cervone, destacou que a indústria paulista precisa estar preparada para ampliar sua competitividade global. “A indústria, cujo avanço e fortalecimento temos defendido perante o governo, pode contribuir de modo cada vez mais significativo para ampliação das vendas internacionais, tanto em volume quanto pelo fato de incluir produtos de alto valor agregado na pauta de exportações”, afirmou. Sobre o tarifaço em si, e os impactos na região, o presidente preferiu não se manifestar no momento. 

A Secretaria de Comércio Exterior esclareceu que os produtos já embarcados até sete dias após a ordem executiva não serão afetados. Mesmo com impacto imediato considerado limitado, o setor industrial da região permanece atento a eventuais atualizações da lista e possíveis desdobramentos das relações comerciais entre os dois países.

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