
Limeira registra 220 notificações de acidentes com escorpiões
Limeira já contabiliza 220 notificações de acidentes com escorpiões até o dia 5 de agosto deste ano. Os dados, disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), mostram que os casos se concentram principalmente entre homens de 50 a 59 anos e mulheres de 20 a 29 anos, embora também haja registros em crianças. Apesar da quantidade de notificações, não houve mortes no município em 2025. No ano passado, foram 516 notificações, no total.
Na região, foram registrados até agora 1.899 casos. Entre os
municípios de circulação da Gazeta, Cordeirópolis notificou um caso,
Iracemápolis nove, Engenheiro Coelho dois e Artur Nogueira oito. O aumento nos
acidentes acompanha a tendência estadual: em todo o Estado de São Paulo, já são
22.850 ocorrências apenas com escorpiões neste ano, com uma morte registrada.
A SES-SP mantém um painel interativo para monitoramento dos acidentes com animais peçonhentos, disponível ao público pela internet, com dados atualizados semanalmente por tipo de animal. O objetivo é dar transparência e orientar a população quanto aos riscos e à distribuição desses casos pelo território paulista.
A pasta alerta que o envenenamento causado por escorpiões — conhecido como escorpionismo — pode ter efeitos imediatos. Os principais sintomas incluem dor intensa no local da picada, agitação, vômitos, suor e aumento dos batimentos cardíacos. Em casos graves, a vítima pode apresentar convulsões, edema pulmonar, insuficiência cardíaca e até choque, o que pode levar à morte. Crianças de até 10 anos são o grupo com maior risco de óbito. Por isso, é fundamental que o atendimento médico seja procurado o mais rápido possível, de preferência em unidades preparadas com soro antiescorpiônico.
No Estado, há hoje 228 Pontos Estratégicos de Soro Antiveneno (PESAs), distribuídos com o objetivo de agilizar o atendimento. Na região, a referência é a Santa Casa de Limeira. A recomendação, em caso de picada, é lavar o local com água e sabão, aplicar compressa morna e procurar atendimento médico. Não se deve espremer, sugar ou fazer torniquetes. Levar o escorpião, vivo ou morto, ou uma foto, pode auxiliar na identificação da espécie e na escolha do tratamento adequado — mas não é obrigatório capturá-lo.
Os escorpiões costumam se esconder em entulhos, pilhas de madeira, terrenos baldios, esgotos, ralos e construções abandonadas. Dentro das casas, podem ser encontrados em roupas, calçados, caixas de brinquedo ou toalhas penduradas. Medidas preventivas são essenciais: manter quintais limpos, evitar acúmulo de lixo, vedar frestas e usar telas em ralos e portas são algumas orientações para evitar acidentes.
No Estado de São Paulo, os escorpiões mais comuns são o
amarelo (Tityus serrulatus), o marrom (Tityus bahiensis) e o
amarelo-do-nordeste (Tityus stigmurus), todos com alto potencial de
envenenamento. O escorpião amarelo é o mais perigoso, com corpo amarelo claro e
até 7 cm de comprimento, e costuma ser responsável pelos casos de maior
gravidade. O marrom, mais escuro e sem serrilha na cauda, também é motivo de
alerta, assim como o amarelo-do-nordeste, que tem coloração clara com faixas
escuras e potente veneno.
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