
‘Megacentral’ de golpes tinha roteiro e estrutura sofisticada para enganar vítimas
Esquema criminoso foi desarticulado pela Polícia Civil em Guarulhos; 60 suspeitos foram presos
Para enganar as vítimas, os envolvidos na “megacentral” de golpes, desarticulada pela Polícia Civil na quinta-feira (31), em Guarulhos, na Grande São Paulo, contavam com um roteiro de conversa e uma estrutura sofisticada, com divisão de setores como atendimento, contabilidade e gerenciamento.
Ao todo, 60 suspeitos foram presos em flagrante. No local ainda foram apreendidos documentos, 56 computadores e 54 celulares. Todos serão submetidos a audiência de custódia nesta sexta-feira (1º), no Fórum da cidade.
As investigações iniciaram após uma mulher registrar um boletim de ocorrência contra uma empresa que oferecia regularização da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Ela recebeu uma mensagem informando que a CNH dela estava com irregularidades, sendo que a empresa ofereceu “ajuda”. Porém, não havia pendências na habilitação dela. Mesmo assim, a vítima teve um prejuízo estimado em R$ 9 mil entre o pagamento de taxas e transações feitas pelos golpistas após conseguirem os dados pessoais.
Policiais da 2ª Central Especializada de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas (Cerco) prosseguiram com as investigações e identificaram o endereço da empresa falsa. Posteriormente, a Justiça expediu 11 mandados de busca, que foram cumpridos ontem.
“Conseguimos identificar que a empresa responsável por aplicar o golpe naquela mulher funcionava ali, mas depois constatamos o registro de outros seis Cadastros Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJs) diferentes funcionando no mesmo lugar.
Os suspeitos ofereciam regularização na CNH, regularização de dívidas com juros abusivos, além de oferecer empréstimos às vítimas, nos quais elas precisavam pagar taxas para obter o dinheiro, que nunca era entregue”, revelou o delegado Danilo Correia, da 2ª Cerco. (Assessoria de Comunicação SSP/SP)
Ainda segundo o delegado, os criminosos foram surpreendidos pelos policiais no local, sendo que alguns deles conversavam com vítimas em um aplicativo de mensagem para aplicar novos golpes.
Todos foram encaminhados ao 27° Distrito Policial, no Campo Belo, onde permaneceram presos por organização criminosa.
Foi constatado que todos os CNPJs envolvidos no crime tinham boletins de ocorrência registrados por outras vítimas.
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