A Polícia Civil de Limeira ainda busca localizar e prender o autor do homicídio de Jéssica Carolina da Silva, de 30 anos, encontrada morta em uma área verde da Rua Juscelino Kubitschek de Oliveira, na divisa entre Parque Hipólito com o Barão de Limeira. Na tarde do dia 29 de outubro, as forças de segurança foram destacadas ao local após uma testemunha acionar o telefone 190 e avisar que a mulher estava morta, seminua, em meio às caixas de papelão.

Dois investigadores da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) foram destacados para começar as investigações do caso. O convivente de Jéssica estava no local do crime e alegou que havia visto a vítima na noite anterior, na companhia de duas pessoas, entre elas, M., um homem, de 25 anos. Ele foi localizado em casa, no Residencial João Ometto (Profilurb), e se apresentou na sede da DIG, a pedido dos policiais. Ainda durante o trabalho preliminar, os investigadores conseguiram localizar imagens que mostram M. e Jéssica caminhando em direção à área verde no final da noite anterior.

Na delegacia, M. negou envolvimento com o crime e disse que havia deixado a vítima na companhia de um desconhecido. Contudo, segundo o registro do caso, as informações tinham “desencontros entre as imagens e suas informações”. Aliado ao fato de ter sido constatada  a presença de substância hematoide na roupa de M, ele acabou sendo preso em flagrante, pelo homicídio duplamente qualificado.

INVESTIGAÇÕES
Mesmo após a prisão, as investigações do caso continuaram para levantamento de todas as informações a respeito das circunstâncias do crime. Segundo a Polícia Civil, foram analisadas mais de 60 horas de gravações de câmeras de segurança de imóveis da região. As imagens deram um novo rumo às investigações, que culminaram com a soltura de M. alguns dias depois, a pedido da própria autoridade policial. Segundo Leonardo Burger, uma câmera apontada para o local onde Jéssica foi encontrada, mostra que, antes do horário que ela é vista com M., outra pessoa já está no local. É possível ver pontos de luzes, que sugerem a abertura de chamas, já que o local é ponto conhecido de uso de entorpecentes.

Uma outra câmera mostra Jéssica entrando sozinha no local. Segundo a polícia, “após a análise de gravações, os investigadores não conseguiram qualquer imagem que sugira que M. entrou na área onde Jéssica foi morta”. Além disso, o relatório policial alega que “Depois de mais de uma hora após a entrada de Jéssica no local, saiu do espaço de mata, um homem que passou por uma câmera, indo embora. A vítima não saiu mais da área, o que acaba levando a conclusão de que este homem foi a última pessoa que manteve contato com Jéssica”.

O delegado afirma que ainda busca informações sobre a identidade do homem, última pessoa a manter contato com a Jéssica. Qualquer informação sobre a identidade e o paradeiro do assassino, pode ser passada pela polícia pelo telefone 181 ou 197. A autoridade ainda afirma que M. tem sido alvo de ataques de pessoas que acreditam ser ele o assassino de Jéssica, mesmo com as investigações mostrando não ser essa a verdade.