Bate-Pronto - 08-02-20

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TIPOGRAFIA

Ambição

Um amigo, empresário, levou sua esposa recentemente para conhecer Nova York. Ele, homem de negócios, já havia viajado várias vezes para a “Big Apple”, como Nova York é conhecida. Ela, ao contrário, foi para lá pela primeira vez.

Andando por aquela estonteante metrópole, ela se mantinha extasiada. No final da viagem, ele a levou para jantar no restaurante que fica no alto de um dos maiores edifícios da cidade.

Ela, maravilhada, teria dito:

- Que coisa linda! Esses prédios todos, tão altos, com suas luzes acesas! Parece um imenso presépio!

Ele, realista como quase todo empresário é, de certa forma a contestou:

- Realmente é uma vista deslumbrante. Mas nada tem de presépio tudo que isso que agora você vê. Foram precisas muitas disputas, inclusive judiciais, muita ousadia, muito espírito empreendedor, muita criatividade, muito sacrifício, muita ambição de seres humanos para levantar-se tantos empreendimentos.

Quando ele me contou este episódio de sua viagem, lembrei-me de uma discussão que tive no passado com um amigo. Ele, convicto esquerdista, me contestou em tom áspero quando eu disse a ele que o comunismo não dá certo, não funciona em nenhum local porque A ALMA DO SER HUMANO É CAPITALISTA.

O que tentei dizer a ele é que a maioria de nós, de formas diferentes, procura sempre acumular. É a ambição que tirou o homem das cavernas, é a ambição que trouxe e continuará a trazer coisas novas que melhorem a vida da humanidade de uma forma geral.

Não confundamos ambição com cobiça ou ganância, que são sentimentos e atitudes maléficas.

Quando o sujeito, com um pequeno torno mecânico no fundo do quintal, luta, ousa, se aperfeiçoa e cria dali uma empresa que gera centenas de empregos, foi a ambição que o levou à frente. De fazer acontecer, de melhorar de vida também, por que não?

Quando o sujeito estuda, lê centenas de livros, se atualiza, é a ambição de ser um bom profissional que o move a enfrentar tudo isso em vez de ficar balançando a vida toda numa rede. Enfim, a ambição, sob as mais diferentes formas, é que distingue o ser humano do macaco.

Claro há aqueles que se contentam em passar a vida toda cuidando de uma pequena horta de seu quintal. Ou satisfeitos em manter um emprego, uma ocupação sem horizontes. Não há nada de mal nisso. Talvez até pessoas que vivam assim sejam mais felizes que as ambiciosas.

Mas foi a ambição que fez o homem sair das trevas, descobrir remédios e vacinas, criar novas tecnologias, gerar empregos, dar mais conforto e chances na vida para a humanidade.

Ambição é bom. O ruim é quando ela se associa aos seus primos do mal, a cobiça e a ganância. Aí, não presta.

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