Cansaço e fraqueza podem ser sintomas da Síndrome Pós-Covid

(Foto: Unimed)

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Nesta semana completou dois anos da primeira morte por Covid-19 em Limeira. Mais de 30 milhões de brasileiros tiveram a doença nesses últimos dois anos e a medicina ainda está descobrindo efeitos deixados no organismo, no entanto, uma condição surgiu há algum tempo a denominada Síndrome Pós-Covid ou Long Covid. Tão séria quanto a própria doença, a síndrome demanda cuidados médicos em várias frentes. A Organização Mundial de Saúde (OMS) orienta que os pacientes que tiveram contato com o coronavírus devem ter um acompanhamento médico adequado nos meses subsequentes à cura.

De acordo com especialistas da Unimed Limeira, a Síndrome Pós-Covid é o nome dado para um conjunto de problemas de saúde, recorrentes ou contínuos, que têm sido apontados por até 70% dos pacientes que tiveram a doença.

As sequelas podem ser de natureza hematológica, cardiológica, neurológica, dermatológica ou psicológica. Pode se manifestar em qualquer pessoa que teve contato com o vírus, mesmo os que não apresentaram sintomas após a infecção. “De forma persistente, essa síndrome, chamada em inglês de Long Covid ou Late Covid (Covid longa ou Covid tardia), tem afetado a qualidade de vida de milhares de pacientes”, cita especialistas.

O fim dos sintomas não tem prazo de validade, já que ainda não há dados suficientes que permitam dizer, em média, quanto tempo duram as sequelas da COVID-19, o melhor remédio continua sendo a prevenção e a informação. 

PRINCIPAIS SEQUELAS 

Dos sintomas respiratórios e cardiovasculares: falta de ar, tosse, aperto ou dor no peito e palpitações. Fadiga, febre e dores também pode ocorrer. Já referente aos sintomas neurológicos pode ser obeservados: comprometimento cognitivo ("névoa do cérebro", perda de concentração ou problemas de memória); dor de cabeça; distúrbios de sono; agulhadas ou dormência (em qualquer parte do corpo); tontura e delirium (em pessoas idosas). Sintomas gastrointestinais (sistema digestivo): dor abdominal; náusea; diarreia; anorexia e apetite reduzido (em pessoas mais velhas) e perda de peso. Outros fatores que devem ser observados são: dor nas articulações; dor muscular; sintomas de depressão e ansiedade; zumbido; dor de ouvido ou garganta; perda de paladar e/ou cheiro (parosmia), além de algumas erupções cutâneas.

Eles enfatizam que as sequelas da Covid-19 podem se apresentar de forma variada para cada paciente, e questões como fibrose nos rins, dores de cabeça e até tosse persistente têm sido relatadas por um número considerável de pacientes. Isso acontece porque o coronavírus atinge de forma aguda muitos órgãos do corpo humano, especialmente o coração, os pulmões e os vasos sanguíneos.

Das complicações crônicas mais graves ligadas ao pulmão, o órgão mais associado à doença, está a fibrose pulmonar. Esta condição é mais facilmente observada em pacientes que apresentaram quadros graves da doença, já que está ligada a infecções mais severas no pulmão. A fibrose pulmonar é uma alteração crônica no pulmão, em que qualquer área que antes apresentava uma inflamação é preenchida por cicatrizes que tornam o órgão mais rígido e dificultam a execução das funções normais, provocando a hipoxemia, que é a queda do nível de oxigênio no sangue.

O coração também pode sofrer a longo prazo: arritmias, miocardite e fibrose miocárdica, que por vezes podem se manifestar pela falta de ar e ser confundidas com questões associadas ao pulmão. Por isso, ao primeiro sinal de sintomas, procure seu médico para um diagnóstico adequado.

QUANDO BUSCAR AJUDA

De acordo com eles, estudos mostram que mulheres são mais propensas a desenvolver a síndrome pós-Covid. A hipótese tem a ver com a diferente resposta imune dos organismos das mulheres, quando comparada ao dos homens. “É preciso ficar atento, mas vale lembrar que nem todos os sintomas persistentes que venham a ocorrer depois da recuperação da doença são sequelas permanentes. Se você está preocupado com algum dos seus sintomas e já se passaram quatro semanas ou mais desde que você iniciou com os sintomas de COVID, entre em contato com o seu médico e pergunte sobre a possibilidade de “COVID longo ou Síndrome pós-Covid” - ele poderá lhe orientar sobre a necessidade de avaliações adicionais, exames ou tratamentos para reabilitação. 

Queda de cabelo: queixa comum entre recuperados da Covid 

Revistas científicas como as da Academia Americana de Dermatologia e da Dermatologic Therapy divulgaram artigos que relacionam a queda de grandes volumes de cabelo com a infecção por covid-19. A perda dos fios costuma ocorrer por volta de 2 meses após a doença e a recuperação ocorre em torno de 3 a 4 meses. No entanto, se a queda permanecer ou não houver a regeneração nos fios, o paciente deve procurar um médico dermatologista especialista na área capilar, conhecida como Tricologia. No entanto, a Covid é só um das causas de queda. A calvice, chamada de alopecia na medicina, é genética. O estresse também pode ser uma das causas, já que faz com que os níveis do hormônio cortisol suba, provocando queda dos fios. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a falta de vitamina e de alimentação balanceada, alterações hormonais também  também pode piorar o quadro.

"Infelizmente muitas das minhas clientes apresentaram esse quadro. Então exigiu que eu estudasse para entender os motivos e tratamentos auxiliares. E, claro, somar esforços aos cuidados das mulheres", comenta o Hair Stylist Leo Strong, colunista do portal Conexão ABC. O cronograma capilar torna-se aliado na manutenção eficaz dos fios pós-contaminação da Covid-19. "Pensar em cada caso como único é o segredo. Então podemos fazer um programa exclusivo para cada mulher", salienta Strong.

 

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