Falta de negociação leva Limeira ao quarto dia de greve

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A adesão ao movimento reivindicatório dos servidores de Limeira aumentou ontem, resultado das visitas do comando de greve que conscientizam os servidores sobre a importância da paralisação. A greve segue nesta sexta-feira, já que segundo o Sindsel (Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira) não houve negociação por parte da Prefeitura.

“Só avançaremos se estivermos em luta, além de esclarecer dúvidas e permitir aos servidores conhecerem os verdadeiros motivos da greve: em primeiro lugar, o descaso do Senhor Prefeito com a categoria e a falta de planejamento para atender minimamente às demandas de seus trabalhadores”, destacou o Sindsel que vem ganhando apoio de outros sindicatos.

Ainda em nota, a diretoria destacou que no ano passado já foi acordado o índice de reajuste geral, para que neste ano o governo pudesse se dedicar a cumprir as pautas específicas de cada segmento, conforme acordado na Campanha Salarial de 2023. “Todas as reivindicações apresentadas atualmente não são novidades, foram resultado de debates em Mesa de Negociação com a gestão municipal nos últimos oito anos, e mesmo assim o governo cancelou a reunião alegando não ter respostas. O prefeito, ao aprovar aumento de 85% para seu cargo, vice, secretários e vereadores, afirma que o município tem recursos e, por isso, deve valorizar os servidores de carreira que efetivamente produzem as políticas públicas nesta cidade”, destacou.

“Os servidores precisam unir-se no movimento para pressionar esta gestão a investir minimamente nos trabalhadores, pois se o governo está se omitindo em atender às reivindicações num período em que a arrecadação de janeiro de 2024 cresceu 16% em comparação com janeiro de 2023, imagine em 2025, quando os recursos do aumento dos agentes políticos serão computados. Nosso momento é agora e nossas demandas são mínimas e justas", diz Nicinha, Presidente do Sindsel.

A categoria luta por um reajuste de 12% no piso, vale alimentação para todos e um plano de recuperação das perdas salariais no governo Botion no piso do magistério, que está em 26%.
Durante a paralisação, a União Sindical dos Trabalhadores de Limeira - USTL esteve presente através de seu Presidente Artur Junior, que declarou total apoio ao movimento, emitindo uma nota pública de apoio assinada pelos 12 sindicatos de Limeira que compõem a entidade. O movimento também recebeu apoio do Sindicato dos Bancários de Limeira, Oposição Metalúrgica e Federação dos Trabalhadores dos Trabalhadores dos Serviços Públicos – FETAM/SP. Além disso, compareceram ao movimento cidadãos que defenderam o direito de greve dos servidores e denunciaram o abandono na cidade pela atual gestão.

Os grevistas tiveram um momento cultural pela manhã com a cantora Simone Carvalho, que além de alegrar e conscientizar o movimento com seu canto, incentivou outros servidores a expressarem sua arte. Também ocorreu um ato místico simbólico, no qual os servidores enterraram a política do governo Botion, que tem precarizado o serviço público na cidade. Foi produzido um caixão por um cidadão e várias lápides envolvendo as diversas pautas que o prefeito e a vice não atenderam. E amanhã este mesmo caixão será reutilizado em outro ato.

No início da tarde de ontem, os grevistas realizaram uma Assembleia e aprovaram que essa entidade oficialize a prefeitura sobre a continuidade do movimento e apelando para que seja instalada mesa de negociação no início da manhã desta sexta-feira com propostas que atendam às reivindicações da categoria.

Após a dispersão do movimento, o líder do governo na Câmara, Vereador Elias, esteve na frente do Paço juntamente com a Vice-Prefeita Erica Tank, que em conversa informal com Nicinha Lopes e alguns dirigentes afirmaram que irão dialogar com o governo e tentar buscar soluções.

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