Número de exclusões do SCPC é 8,5% maior em agosto

Ana Paula Coletta

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Mês registrou 1.076 exclusões do SCPC, número 8% maior do que registrado no ano passado

O número de pessoas que limparam o nome em Limeira aumentou em agosto. Foram 1.076, o que representa alta de 8,5% no comparativo com o mês de julho, quando houve 991 exclusões. Os dados são registrados pelas empresas associadas da Associação Comercial e Industrial de Limeira (Acil), no banco de dados do Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito).
De janeiro a agosto, foram 6.911 exclusões, número 1,5% menor que o registrado no período em 2019, que somou 10.947. Neste ano, o mês de agosto foi o que teve o maior número de pessoas que limparam o nome. Se comparar o mesmo mês em 2019, o número foi 8% maior, pois no ano passado foram 993 exclusões.
Ainda neste ano, os meses com menor índice foram março com 874, abril com 488 exclusões e maio com 604.
O presidente do Sindicato Patronal do Comércio Varejista de Limeira (Sicomércio), Martim Clementino de Medeiros, entende que limpar o nome traz de volta o poder compra para o consumidor. "A maioria usou o dinheiro do auxílio emergencial para limpar o nome e obviamente voltar ao mercado", diz.
Ele ressalta que ainda é cedo para ter uma expectativa para o fim do ano, mas já prevê algo para outubro. "Para o Dia das Crianças esperamos uma venda considerável porque o povo estava limitado para consumir e é um período de compra que vir a ter sucesso. Porém, ainda é cedo para falar algo sobre as vendas de fim de ano", observa.
O economista e professor Fábio Macedo salienta que ter o nome 'impo' é muito importante para as pessoas garantirem suas vantagens de compra e negociação. "Sendo assim, as pessoas que têm o nome restrito aproveitam as oportunidades para regularizar o nome e poder voltar a usufruir das oportunidades, realizar desejos e obter melhores negociações no comércio", diz.
O professor ainda observa que os números se mantiverem muito próximos aos de 2019, o que demonstra principalmente o interesse em limpar o nome. "Podemos observar que, no primeiro trimestre, estávamos com uma pequena aceleração econômica o que contribuiu para que esse número aumentasse e como pode ser visto, foi interrompido nos meses que se começou de fato a se sentir o efeito da pandemia [abril e maio], voltando a se equilibrar após esses dois meses", explica.
Para Macedo, o auxilio emergencial pode ter influenciado nesse segundo momento, mas também teve trabalhador que teve as férias adiantadas, o que criou recebimentos extras e pode ter auxiliado no aumento regularização do nome. "Diretamente não diria que só o auxílio emergencial contribuiu, pois como podemos observar em abril e maio a diminuição do número de pessoas que regularizaram seus nomes é muito expressiva, 36% nos dois meses", diz.
O economista observa que o primeiro trimestre para muitas empresas foi um dos melhores. "Isso mostra que a economia vinha entrando em um bom momento, mas infelizmente veio a pandemia e desacelerou novamente. Agora, vejo que num primeiro momento, voltaremos a ter um pequeno aquecimento, muito pequeno, devido a demanda reprimidas dos meses passados. E as mudanças de comportamento, tanto dos vendedores como os compradores, pode e com certeza irá contribuir para auxiliar a melhorar esse processo", salienta.
Além deste indicador, outro dado que trouxe alívio, como a Gazeta de Limeira revelou há duas semanas, vem do mercado do trabalho. A cidade acompanhou a reação e conseguiu criar empregos em julho, depois de encerrar o primeiro semestre no vermelho, com o fechamento de mais de 3,4 mil postos de trabalho.

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