Trabalhadores manifestam em frente ao Hospital Hapvida

Em campanha salarial, profissionais falam em “ameaças de demissão” e descaso pela categoria de saúde

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O Sinsaúde Limeira convocou, ontem, uma manifestação em frente ao Hospital Hapvida após audiência de mediação no Ministério Público do Trabalho (MPT). Segundo o diretor do sindicato, Leandro Barreto, o objetivo é demonstrar a insatisfação com a proposta apresentada pelo grupo aos profissionais de saúde.

 

Em busca de salário digno, o sindicato negocia aumento real de 8% sobre os salários, enquanto a empresa oferece 3,74% somente a partir de dezembro deste ano e tenta compensar as perdas dos funcionários com um bônus de 2% de junho a novembro. A proposta foi recusada. “Os diretores alegaram grande impacto com o novo piso de enfermagem e ameaçaram demissão em massa”, disse Barreto.

 

A campanha salarial foi discutida em audiência no Ministério Público do Trabalho, na terça-feira (11). "O Sinsaúde chama a categoria para se manter em estado de greve e atenta aos próximos movimentos da campanha salarial", destacou o sindicato em nota publicada nas redes sociais.

 

Segundo Leandro, o objetivo da manifestação foi mostrar para a sociedade esse “descaso e essa falta de respeito com os trabalhadores”, disse. “Agora é a hora de estarmos unidos e mostrar força para lutar por melhores salários e condições de vida. A empresa é lucrativa e quer aumentar seus lucros em cima dos trabalhadores”, disse.

 

O sindicato ainda informou que no relatório financeiro, a Hapvida cresceu 24% nos últimos dois anos e alcançou lucros de quase R$ 240 milhões em 2022. "Os trabalhadores da Hapvida precisam estar mobilizados e apoiando o Sindicato. Estamos preparados e vamos com força total para a negociação para conseguirmos avançar nas pautas que atendam as demandas da categoria", afirma.

Em contato com o Grupo Hapvida, a assessoria de imprensa encaminhou a demanda da Gazeta para a Abramge (Associação Brasileira dos Planos de Saúde). Em nota assinada pela Confederação Nacional de Saúde, em relação ao piso de enfermagem, a decisão só começaria a contar a partir do dia 1 de agosto de 2023. “A orientação é para que todos os sindicatos patronais iniciassem o quanto antes as conversas, algo que, pelos relatos vindos dos Estados tem sido bastante infrutífero. Os posicionamentos, como prevíamos, têm sido de absoluta intransigência por parte dos sindicatos de trabalhadores, que terão o piso garantido caso a negociação fracasse. A efetivação do piso sem fontes de custeio colocará em risco a sobrevivência de centenas de pequenas instituições privadas de saúde e de milhares de empregos”, disse. Com relação a campanha salarial dos trabalhadores do Grupo Hapvida de Limeira e sobre a manifestação e estado de greve, as questões não foram respondidas.

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